Propriedade estrangeira domina os ‘euroclubes’ do Big-5; LaLiga e Bundesliga resistem com capital local

Segundo a Intelligence 2P, 53% dos clubes do Big-5 que jogam competições europeias em 2025-2026 têm dono internacional, com forte peso norte‑americano. Premier League e Ligue 1 lideram a abertura; Espanha e Alemanha mantêm 100% de controlo nacional.

17 out 2025 • 08:55 • Leitura original: Jabier Izquierdo / 2Playbook
Propriedade estrangeira domina os ‘euroclubes’ do Big-5; LaLiga e Bundesliga resistem com capital local — Jabier Izquierdo / 2Playbook

O que aconteceu

A Intelligence 2P (2Playbook) indica que, em 2025-2026, 53% dos clubes do Big-5 qualificados para competições da UEFA têm proprietário estrangeiro. A Premier League e a Ligue 1 concentram a maior presença internacional, com destaque para investidores dos Estados Unidos que controlam 13 desses 38 clubes. Em contraste, LaLiga e Bundesliga apresentam 100% de propriedade local entre os seus representantes europeus.

Por Que Importa

  • Propriedade estrangeira tende a acelerar injeções de capital e reestruturações, impactando salários, transferências e infraestruturas.
  • A origem do capital condiciona governança multi-clube, sinergias comerciais e circulação de talento, com efeitos na valorização de ativos e receitas de transferências.
  • Ligas com enquadramentos de fair play financeiro mais rigorosos e regras de propriedade (ex.: 50+1 na Alemanha) preservam maior controlo local e estabilidade.
  • A crescente presença de fundos norte‑americanos pode alterar a estratégia de conteúdos e media, visando retornos previsíveis e métricas como retorno do investimento (ROI).

Contexto

  • Premier League: apenas o Tottenham mantém dono inglês entre os euroclubes; Liverpool (FSG), Arsenal (KSE) e Chelsea (Clearlake/BlueCo) integram grupos com ativos na MLB, NFL, NHL e NBA. Newcastle recebeu €122 milhões do fundo soberano saudita PIF.
  • Série A: só Juventus (família Agnelli) e Napoli (Aurelio De Laurentiis) têm donos italianos; Inter passou para a Oaktree por €395 milhões após incumprimentos da Suning. Roma (Friedkin) terá investido >€800 milhões desde 2020.
  • Ligue 1: 0% de donos franceses entre os euroclubes; casos como RC Strasbourg (grupo do Chelsea), OGC Nice (Ineos) e PSG (Qatar Sports Investments) ilustram a dependência de capital externo.
  • LaLiga e Bundesliga: propriedade local dominante; em Espanha, exceção parcial no Atlético de Madrid, com Ares Management e Idan Ofer (27,8%) no capital. Na Alemanha, a regra 50+1 sustenta o controlo dos sócios.

E agora?

  • Potencial aumento de estruturas multi-clube, com impacto em empréstimos, scouting e negociação de patrocínios em pacote.
  • Possíveis movimentos corporativos no Atlético de Madrid envolvendo Apollo Global Management (não confirmado) podem testar a resiliência do controlo nacional em Espanha.
  • A Ligue 1 continuará dependente de vendas de jogadores e capital externo enquanto não estabilizar receitas de transmissão e estádios.

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