Agências ameaçam processar a Premier League por tetos de despesa e novas regras — votação a 21 de Novembro

CAA Base, CAA Stellar e Wasserman contestam o ‘top-to-bottom anchoring’ e o limite de 85% dos proveitos para custos de plantel; clubes divididos entre PSR e SCR.

18 nov 2025 • 09:38 • Leitura original: SportsPro / The Athletic / PA
Agências ameaçam processar a Premier League por tetos de despesa e novas regras — votação a 21 de Novembro — SportsPro / The Athletic / PA

O que aconteceu

A Premier League enfrenta uma ameaça legal de três grandes agências (CAA Base, CAA Stellar e Wasserman) caso avance com novas regras financeiras, incluindo o chamado top‑to‑bottom anchoring (TBA), que impõe um teto rígido de despesa em plantel indexado a 5x o menor pagamento central (transmissões e prémios). Os clubes votam a 21 de Novembro. As agências, representadas pela Clifford Chance, alegam falta de consulta e também contestam as squad cost rules (SCR), que limitariam a 85% das receitas relacionadas com futebol os custos de plantel (salários, comissões de agentes), com sanções acima de 115%.

Por Que Importa

  • Um teto “ancorado” como o TBA funcionaria de facto como limite salarial, potencialmente reduzindo comissões de agentes e a inflação salarial nos clubes de topo.
  • As SCR mudam o modelo face às atuais regras de rentabilidade e sustentabilidade (PSR), ligando despesa a receita anual; risco de correlação mais forte entre receitas e sucesso, penalizando clubes com estratégia de valorização e venda.
  • Possível litigância por direito da concorrência por parte de agências e/ou clubes, criando incerteza regulatória e custos legais.
  • Competitividade europeia em causa: um teto rígido exclusivo em Inglaterra pode desviar talento e investimento para ligas sem esse travão.

Contexto

  • Segundo o The Athletic, os clubes da Premier League pagaram mais de €454 M (UK£400 M) em comissões de agentes no último ano.
  • Manchester City, Manchester United e Aston Villa já terão rejeitado aprofundar o TBA em 2024; pelo menos meia dúzia de clubes, e talvez até nove, deverão votar contra — a mudança exige maioria de dois terços.
  • A liga também propõe sustentabilidade e resiliência sistémica (SSR): exigência de fundo de maneio para cobrir toda a época e um buffer para choques de receita.

Entre Linhas

  • Clubes médios/baixos e recém‑despromovidos receiam efeitos colaterais: um teto semelhante na English Football League (EFL) poderia amarrar a despesa ao nível do clube com menores receitas, invertendo a vantagem das equipas com “parachute payments”.
  • Fontes admitem que o TBA pode cair antes da votação ou falhar por falta de apoio; o desfecho entre manter PSR ou trocar para SCR é incerto (não confirmado).

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