A corrida aos centros de treinos na Premier League acelera com investimentos fora das regras do PSR

De Carrington a Kirkby, clubes ingleses apostam milhões em tecnologia, bem‑estar e integração academia‑primeira equipa para atrair talento e proteger ativos

14 out 2025 • 23:15 • Leitura original: The Athletic
A corrida aos centros de treinos na Premier League acelera com investimentos fora das regras do PSR — The Athletic

O que aconteceu

Clubes da Premier League intensificaram uma “corrida” à modernização dos centros de treinos, usando instalações de topo como argumento de recrutamento e retenção. Manchester United renovou Carrington com tecnologia avançada após críticas internas, Liverpool e Manchester City mantêm padrões de referência, e projetos recentes em Leicester, Bournemouth, Nottingham Forest e Newcastle mostram a tendência. Investimentos incluem salas de altitude, hidroterapia, análise de dados, espaços sociais e até simuladores. A Federação Inglesa está a renovar o St George’s Park num plano a três anos.

Por Que Importa

  • Infraestrutura está excluída das regras de lucro e sustentabilidade da Premier League (PSR), permitindo investir sem penalizar o cumprimento financeiro — um incentivo a canalizar capital para ativos físicos.
  • Centros de treinos de última geração tornam‑se ferramenta de recrutamento: jogadores jovens ponderam “experiência de campus”, o que pode reduzir risco de lesões e preservar valor de mercado dos atletas (ativos mais valiosos do clube).
  • Melhoria operacional: fluxo do atleta (do balneário ao relvado) e integração ciência‑dados aumentam eficiência diária e potencial de desempenho.
  • Diferenciação comercial: instalações premium reforçam narrativa de marca, tours digitais e conteúdos, ajudando patrocínios e hospitalidade corporativa associados ao “ecossistema” do clube.

Números

  • Manchester United: atualização de Carrington avaliada em cerca de €57,6 M (£50 M), incluindo tecnologia médica (MRI/CT), sala de altitude, quatro piscinas de recuperação e áreas de bem‑estar.
  • Liverpool: centro AXA em Kirkby orçado em €57,6 M (£50 M), com três campos de dimensões oficiais, hidroterapia e gabinetes dedicados.
  • Leicester City: novo centro de treinos abriu em 2021 por €115,2 M (£100 M).
  • Bournemouth: nova sede operacional por €36,9 M (£32 M).
  • Crystal Palace: academia construída em 19 meses por €23,0 M (£20 M), enquanto a remodelação de bancada em Selhurst Park arrasta‑se há quase oito anos.

Contexto

  • Tendência inspirada em modelos norte‑americanos (NFL/NBA e universidades), com foco em ciência do desporto, recuperação e experiência fora de horas (cafés, zonas sociais, padel, simuladores).
  • A FA iniciou em 2025 um plano trienal de melhoria no St George’s Park para recuperar terreno face a clubes que atualizaram instalações desde 2012.

E agora?

  • Mais clubes deverão priorizar centros de treinos face a estádios (processos urbanísticos mais complexos), acelerando prazos e controlo de custos.
  • Espera‑se maior integração academia–equipa principal em campus únicos; no United, discute‑se novo edifício de academia (não confirmado).

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