Dono do Birmingham defende proteção dos “elite clubs” da Premier League no debate sobre redistribuição

O que aconteceu

Tom Wagner, coproprietário do Birmingham City e cofundador da Knighthead Capital, afirmou em Londres que os clubes de topo da Premier League devem ser “protegidos a todo o custo” nas negociações sobre a redistribuição de receitas com a English Football League (EFL). O comentário surge num momento em que o Reino Unido prepara um regulador independente do futebol, com poderes de último recurso para impor um acordo caso não haja consenso. Wagner defendeu que retirar “demasiado” aos gigantes pode prejudicar a atratividade internacional — sobretudo no mercado dos EUA — e, por extensão, o fluxo de capital para o futebol inglês.

Por Que Importa

• Redistribuição em debate: um acordo imposto pelo regulador poderá reduzir receitas disponíveis nos clubes da Premier League, com impacto em competitividade, investimento e salários de talento de topo.
• Mercado dos EUA: Wagner liga o apelo internacional (e receitas de transmissão) à dominância dos clubes de elite; menor preponderância poderia baixar audiências e valor comercial.
• Governança: a lei do regulador confere poderes “de último recurso”, contestados pela Premier League por poderem afetar a autonomia na distribuição das receitas.
• Internacionalização: abertura a jogos fora de época no estrangeiro (não confirmado para calendário oficial) sinaliza novas fontes de receita, embora com risco de reação negativa dos adeptos locais.

Números

• O Birmingham investiu cerca de £25 milhões na League One 2023/24, mais do que o restante escalão combinado, e somou um recorde de 111 pontos rumo ao Championship.
• O projeto “Sport Quarter” do clube inclui um estádio multipropósito com 62.000 lugares (valores não divulgados).
• 11 em 20 clubes da Premier League têm proprietários dos EUA; uma maioria de dois terços pode aprovar mudanças estruturais, incluindo o debatido “39.º jogo” no estrangeiro (não confirmado).

Contexto

• A Premier League sustenta que o futebol inglês se deve autorregular e alerta para impacto negativo do regulador na competitividade e no investimento em “talento de classe mundial”.
• Wagner rejeita um modelo de multi-clube e indicou ter recusado um investimento minoritário num clube londrino por sobreavaliação antes de comprar o Birmingham.
• Sem dados adicionais sobre termos concretos da redistribuição ou calendário de implementação (não confirmado).