CEO do Bayer Leverkusen defende teto salarial global para travar domínio financeiro da Premier League
Fernando Carro alerta que sem um limite internacional a Liga dos Campeões pode perder atratividade face ao poder económico inglês.
O que aconteceu
O CEO do Bayer Leverkusen, Fernando Carro, defendeu num evento da Bloomberg em Frankfurt a criação de um teto salarial internacional no futebol. O dirigente afirmou que a potência financeira da Premier League ameaça a atratividade da Liga dos Campeões e que um limite só faria sentido se fosse global e absoluto. O apelo surge num contexto de assimetria de receitas entre ligas europeias e após o Leverkusen ter vendido Florian Wirtz ao Liverpool por cerca de £116 milhões (aprox. $154 milhões), valor não confirmado oficialmente.
Por Que Importa
- Concorrência entre competições: se a Premier League concentrar talento por poder salarial, a Liga dos Campeões perde valor competitivo e comercial.
- Equilíbrio financeiro: um teto global poderia conter a inflação salarial e proteger margens operacionais dos clubes com menores receitas.
- Direitos de transmissão: maior paridade competitiva tende a sustentar preços de direitos da UEFA; o inverso pode pressionar descontos futuros.
- Regulação em aberto: a UEFA tem limites de custo em função de receitas, mas não um teto; um acordo global exigiria coordenação intercontinental (não confirmado).
Números
- Receitas 2023/24: Premier League > €7,1 mil milhões vs. Bundesliga ~ €3,6 mil milhões (dados UEFA, citados pela Bloomberg).
- Transferência: Florian Wirtz para o Liverpool por cerca de £116 milhões ($154 milhões) — montante estimado (não confirmado).
Contexto
- Alemanha: tentativa de venda de uma participação nos direitos comerciais da Bundesliga a fundos de capital de risco (incl. CVC e Blackstone) fracassou após protestos de adeptos.
- Regra 50+1: Ilja Kaenzig (CEO do VfL Bochum) admitiu que, a prazo, o modelo que preserva o controlo dos adeptos poderá ser questionado pelas novas gerações (não confirmado quando/como).
Entre Linhas
- Falta consenso regulatório: um teto salarial global implicaria alinhamento entre FIFA, confederações e principais ligas — cenário complexo, sem cronograma (não confirmado).
- Sem dados adicionais (não confirmado).