CEO do Bayer Leverkusen defende teto salarial global para travar domínio financeiro da Premier League

Fernando Carro alerta que sem um limite internacional a Liga dos Campeões pode perder atratividade face ao poder económico inglês.

28 set 2025 • 10:35 • Leitura original: Calcio e Finanza
CEO do Bayer Leverkusen defende teto salarial global para travar domínio financeiro da Premier League — Calcio e Finanza

O que aconteceu

O CEO do Bayer Leverkusen, Fernando Carro, defendeu num evento da Bloomberg em Frankfurt a criação de um teto salarial internacional no futebol. O dirigente afirmou que a potência financeira da Premier League ameaça a atratividade da Liga dos Campeões e que um limite só faria sentido se fosse global e absoluto. O apelo surge num contexto de assimetria de receitas entre ligas europeias e após o Leverkusen ter vendido Florian Wirtz ao Liverpool por cerca de £116 milhões (aprox. $154 milhões), valor não confirmado oficialmente.

Por Que Importa

  • Concorrência entre competições: se a Premier League concentrar talento por poder salarial, a Liga dos Campeões perde valor competitivo e comercial.
  • Equilíbrio financeiro: um teto global poderia conter a inflação salarial e proteger margens operacionais dos clubes com menores receitas.
  • Direitos de transmissão: maior paridade competitiva tende a sustentar preços de direitos da UEFA; o inverso pode pressionar descontos futuros.
  • Regulação em aberto: a UEFA tem limites de custo em função de receitas, mas não um teto; um acordo global exigiria coordenação intercontinental (não confirmado).

Números

  • Receitas 2023/24: Premier League > €7,1 mil milhões vs. Bundesliga ~ €3,6 mil milhões (dados UEFA, citados pela Bloomberg).
  • Transferência: Florian Wirtz para o Liverpool por cerca de £116 milhões ($154 milhões) — montante estimado (não confirmado).

Contexto

  • Alemanha: tentativa de venda de uma participação nos direitos comerciais da Bundesliga a fundos de capital de risco (incl. CVC e Blackstone) fracassou após protestos de adeptos.
  • Regra 50+1: Ilja Kaenzig (CEO do VfL Bochum) admitiu que, a prazo, o modelo que preserva o controlo dos adeptos poderá ser questionado pelas novas gerações (não confirmado quando/como).

Entre Linhas

  • Falta consenso regulatório: um teto salarial global implicaria alinhamento entre FIFA, confederações e principais ligas — cenário complexo, sem cronograma (não confirmado).
  • Sem dados adicionais (não confirmado).

Se o formulário não aparecer, subscreva diretamente aqui.

Sem spam. Pode cancelar quando quiser. Ao subscrever aceita os Termos de Utilização da Substack, a Política de Privacidade e o Aviso de recolha de informação.