NBA e FIBA avançam para nova liga europeia e preparam negociações com clubes em 2026

O que aconteceu

A National Basketball Association (NBA) e a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) confirmaram que vão aprofundar a criação de uma nova liga profissional pan‑europeia de basquetebol masculino, com início de negociações com clubes e proprietários em 2026. O formato proposto combina lugares permanentes com qualificação anual por mérito através da Liga dos Campeões de Basquetebol (BCL) da FIBA ou de um torneio no fim da época, e promete alinhar o calendário com ligas nacionais e janelas de seleções.

Por Que Importa

• Reconfiguração do mercado europeu: uma liga com selo NBA poderá redistribuir direitos de transmissão, patrocínios e receitas de bilhética, pressionando a Euroliga, hoje líder no topo da pirâmide europeia.
• Concorrência por contratos premium: acordos da Euroliga com Real Madrid e FC Barcelona terminam em 2026, o que abre espaço a propostas concorrentes e potencia valorização ou migração de ativos mediáticos.
• Integração regulatória: o alinhamento com calendários nacionais e seleções mitiga conflitos de datas, facilitando a adesão de federações e clubes e reduzindo risco regulatório.
• Investimento no ecossistema: NBA e FIBA planeiam apoio financeiro e recursos para ligas nacionais, academias e formação de jogadores, treinadores e árbitros, com impacto estrutural nas bases do basquetebol europeu.

Contexto

• A Euroliga encara a entrada da NBA como “ameaça” ao seu domínio competitivo e comercial. Reforçou o seu posicionamento institucional contratando a consultora Acento (colaboradora da LaLiga desde 2022) para assuntos públicos e defesa das suas principais fontes de receita: televisão e patrocínios.
• Em paralelo, a NBA estuda a expansão em África, transformando a Basketball Africa League (BAL) numa competição fechada de 12 franquias permanentes (não confirmado em termos de calendário e investimento).

E agora?

• 2026 surge como marco para abrir conversas formais com clubes e grupos proprietários; termos comerciais, quotas de entrada e repartição de receitas permanecem com valores não divulgados.
• Expectável competição por janelas de transmissão e patrocinadores globais, com possíveis acordos regionais desenhados para compatibilizar ligas nacionais, BCL e a nova prova.
• Clubes de topo ponderarão o trade‑off entre estabilidade (lugares permanentes) e vias de acesso por mérito, com impacto direto nos orçamentos e no planeamento desportivo.