Apex cria fundo para comprar participações minoritárias em clubes, ligas e direitos de media
Gestora portuguesa prepara veículo de private equity focado em ativos desportivos europeus de média capitalização, com cheques entre €15–45 milhões.
O que aconteceu
A Apex Capital, gestora portuguesa liderada por António Caçorino, está a lançar um fundo de private equity para adquirir participações minoritárias (20%–49%) em clubes, ligas e direitos de media desportivos, sobretudo na Europa. O plano prevê 10–15 operações com investimentos unitários entre €15–45 milhões, visando ativos de média capitalização e potencial de crescimento via melhoria de governança, operações e vendas.
Por Que Importa
- Aposta em participações minoritárias estratégicas permite acesso a ativos premium com menor necessidade de controlo total, reduzindo risco de capital e diluição.
- Foco europeu e em PME subcapitalizadas pode desbloquear valor comercial onde os grandes fundos não chegam, otimizando retorno do investimento (ROI).
- Movimento alinha-se com o aumento global de fluxos de capital para o desporto e profissionalização de gestão, com impacto em direitos de transmissão, patrocínios e receitas de dia de jogo.
- A estratégia pode criar novos compradores para saídas (exits) de clubes/ligas e direitos de media, aumentando liquidez do mercado secundário.
Contexto
- A Schroders Capital estima que as saídas anuais de fundos de continuidade possam ultrapassar $300 mil milhões em 2034 (+329% vs. 2024), favorecendo estratégias de compra e consolidação.
- A Apex tem histórico com a Alpine (F1), Venezia FC e Baller League (futsal) desde 2020, reforçando o dealflow e a capacidade de criação de valor operacional.
Entre Linhas
- Montante total do fundo e calendário de fecho não divulgados; captação apontada a family offices, atletas e investidores da Europa, Ásia e EUA.
- A Apex indica uma due diligence mais técnica e processos de transação mais longos, sinalizando apetência por estruturas de governance robustas mesmo em posições minoritárias.
E agora?
- A gestora refere estar a analisar oportunidades concretas (detalhes não confirmados) em futebol e outras modalidades.
- Expectável foco em ativos com audiências em crescimento e direitos de media subvalorizados, onde renegociações de transmissão e pacotes comerciais possam acelerar receitas.