WSL acelera profissionalização com líderes dedicados ao futebol feminino; Espanha avança a ritmo diferente

Mais clubes ingleses criam direções próprias para as equipas femininas, com maioria de mulheres em cargos de topo. Em Espanha, estruturas continuam maioritariamente integradas nos clubes.

14 nov 2025 • 14:52 • Leitura original: Football Benchmark
WSL acelera profissionalização com líderes dedicados ao futebol feminino; Espanha avança a ritmo diferente — Football Benchmark

O que aconteceu

A Liga Feminina inglesa (Women’s Super League, WSL) consolidou estruturas de gestão exclusivas para o futebol feminino, com diretórias e administrações próprias. Clubes como o Chelsea (primeira CEO do futebol feminino em 2024) e o Brighton (2023) formalizaram funções dedicadas, enquanto outros ainda repartem responsabilidades. No conjunto das 12 equipas, 58% dos líderes máximos do feminino são mulheres. Em Espanha, na Liga F, a maioria dos cargos permanece integrada nas estruturas globais dos clubes, com 63% dos líderes a serem homens.

Por Que Importa

  • Profissionalização atrai talento executivo e facilita captação de patrocínios, media e bilhética com metas e P&L próprios (valores não divulgados).
  • Estruturas dedicadas permitem planeamento de longo prazo, melhor retorno do investimento (ROI) e responsabilização por receitas e custos do feminino.
  • Maior presença feminina em cargos de decisão na WSL reforça reputação e reduz risco reputacional, fator crítico para marcas.
  • Em Espanha, a integração nas estruturas gerais pode gerar eficiências, mas limita autonomia comercial e velocidade de decisão nas equipas femininas.

Números

  • WSL: 7 mulheres (58%) e 5 homens (42%) como líderes do futebol feminino em 12 clubes.
  • Liga F: 6 mulheres (37%) e 10 homens (63%) em 16 clubes.
  • Experiência no feminino: WSL dividida 50/50 entre perfis com e sem histórico direto; Liga F com 88% de líderes com experiência prévia no feminino (muitos em funções técnicas).
  • Antigas jogadoras em cargos de topo: 1/12 na WSL; 7/16 na Liga F (maioritariamente funções técnicas, não executivas).

Contexto

  • Exemplos WSL: Charlotte O’Neill (Manchester City Women) e Maggie Murphy (Aston Villa Women) lideram operações com equipas técnicas e de direção também com mulheres; no West Ham, a vice-presidente Karren Brady mantém supervisão partilhada.
  • Em Espanha, apenas clubes independentes têm CEO/GM dedicados ao feminino; até o FC Barcelona integra decisões e recursos do feminino na estrutura do clube.

E agora?

  • Expectável aumento de cargos executivos dedicados ao feminino na Europa, com especialização comercial e de operações para crescer receitas autónomas.
  • Liga F deverá evoluir para maior independência de governação (não confirmado quanto a prazos), aproximando-se do modelo WSL para competir por patrocínios globais e direitos de transmissão.

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