CBS renova Liga dos Campeões nos EUA por €218 M/época e transforma estúdio em fenómeno global
‘Champions League Today’ tornou-se produto âncora da Paramount+ e referência de entretenimento-desporto, somando 5 mil milhões de visualizações nas redes na última época.
O que aconteceu
Desde 2020, a CBS construiu o programa de estúdio ‘Champions League Today’ para a Liga dos Campeões da UEFA, conciliando análise e humor com um elenco liderado por Kate Scott, Thierry Henry, Jamie Carragher e Micah Richards. Apesar de restrições de direitos que impedem a partilha de golos, o formato tornou-se viral (mais de 5 mil milhões de visualizações na última época). Após a saída antecipada da TNT em 2020, a CBS assumiu a emissão e, entretanto, renovou os direitos por seis anos por cerca de €218 M (US$250 M) por época.
Por Que Importa
- Receita e aquisição: a Liga dos Campeões é um dos maiores motores de subscrição da plataforma de transmissão online Paramount+ e garante audiências lineares acima de 1 M de espectadores, com a final até 2,8 M nos EUA.
- Estratégia de conteúdo: um estúdio forte compensou limitações de horário (jogos à tarde nos dias úteis) e de direitos, ampliando alcance orgânico via redes sociais e reduzindo dependência de imagens do jogo.
- Mercado de direitos: o acordo da CBS, a ~€218 M/época (US$250 M), coloca a competição ao nível de outros pacotes premium nos EUA (ex.: Major League Soccer no Apple TV), reforçando a valorização do futebol no país.
- Publicidade e marcas: o tom de baixa exposição reputacional e entretenimento atrai anunciantes para um público mais jovem, difícil de alcançar na televisão tradicional.
Contexto
- O futebol foi, durante anos, marginal na grelha norte‑americana; a TNT pagou cerca de €52 M (US$60 M) em 2017 mas falhou na execução (paywalls, críticas à apresentação) e rescindiu sob pressão pandémica.
- A CBS montou inicialmente o estúdio em Nova Iorque (restrições de pandemia) e depois consolidou operações no Reino Unido para proximidade a jogos e talento.
Entre Linhas
- A equipa de Pete Radovich (41 Emmys) usou o modelo de entretenimento de estúdio (inspirado em “Inside the NBA”) para criar agenda no futebol, invertendo a tradicional influência Reino Unido→EUA; hoje, talentos como Carragher e Richards são questionados por emissoras britânicas sobre o formato da CBS.