Cofundador da 777 Partners, Josh Wander, acusado de fraude nos EUA

Procuradores em Nova Iorque alegam esquema para defraudar financiadores e investidores em quase $500 milhões; colapso do negócio com o Everton e pressões de liquidez expostas

17 out 2025 • 08:42 • Leitura original: Financial Times
Cofundador da 777 Partners, Josh Wander, acusado de fraude nos EUA — Financial Times

O que aconteceu

Josh Wander, cofundador da 777 Partners (Miami), foi acusado por procuradores federais em Nova Iorque de fraude eletrónica e de valores mobiliários, alegadamente defraudando financiadores e investidores em quase $500 milhões. A acusação, divulgada quinta‑feira, sustenta que ativos no valor de mais de $350 milhões foram dados como colateral apesar de não pertencerem à 777 ou já estarem empenhados. Wander nega, qualificando o caso como “disputa comercial”. O grupo tentou comprar o Everton FC, operação que colapsou em junho de 2024.

Por Que Importa

  • Risco reputacional e regulatório crescente para grupos multi‑clube: a 777 tem participações no futebol em Itália, Brasil, Bélgica, Alemanha, França e Austrália, o que pode afetar operações e aprovações futuras.
  • Potencial impacto em financiamento de clubes: alegações de duplo empenho de colateral ($350M) e uso de “fundos obtidos fraudulentamente” podem fechar portas a crédito e parceiros financeiros.
  • Sinal de escrutínio a modelos que usam ativos de seguros para financiar aquisições desportivas; supervisores em várias jurisdições já apertam o controlo.
  • O fracasso na compra do Everton expôs vulnerabilidades de liquidez desde 2021, agravadas em final de 2023/início de 2024, com potenciais reflexos nas equipas do portefólio.

Contexto

  • A 777 seguiu um modelo visto noutros gestores de ativos: captar capital barato via seguros e alocá‑lo a investimentos alternativos para maior retorno.
  • Segundo a acusação, a 777 terá também usado fundos para despesas dos London Lions (basquetebol) e para uma posição minoritária no Sevilla FC.
  • Em 2024, a Leadenhall Capital processou a 777 por alegado duplo colateral de $350M; o processo continua. A 777 negou.

E agora?

  • Possível restrição de fluxos de financiamento e necessidade de reestruturação de dívida/ativos da 777 (não confirmado).
  • Clubes ligados ao grupo podem enfrentar maior escrutínio de governança por ligas/federações e dificuldades em aprovações de transações futuras.
  • Investidores e credores podem exigir garantias adicionais e auditorias forenses, elevando custo de capital para estruturas multi‑clube.

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