Serie A pondera vender parte das receitas internacionais a fundos e fechar parceria de media

Liga italiana nomeia JP Morgan para avaliar criação de subsidiária de media, venda de participação minoritária e acordo estratégico com agência. Receitas atuais no exterior rondam €250M/ano.

30 set 2025 • 17:21 • Leitura original: SportsPro (com Reuters/Bloomberg citados)
Serie A pondera vender parte das receitas internacionais a fundos e fechar parceria de media — SportsPro (com Reuters/Bloomberg citados)

O que aconteceu

A Serie A encarregou a JP Morgan de avaliar opções para os direitos de transmissão internacionais, incluindo a criação de uma subsidiária de media com venda de uma participação minoritária a capital de risco (private equity) e um acordo estratégico de longo prazo com uma agência de media desportiva. Entre as agências analisadas estão a Peak e a Iris Sport Media. A análise deverá ser apresentada aos 20 clubes até ao final do ano. A liga arrecada atualmente cerca de €250 milhões/ano no exterior.

Por Que Importa

  • Caixa imediato: alienar parte das receitas futuras pode antecipar liquidez para clubes com necessidades de tesouraria, mas reduz fluxos futuros.
  • Estratégia de crescimento: parceria com agência pode reforçar distribuição e marketing em mercados onde a Serie A perde terreno face à Premier League.
  • Modelos testados: LaLiga e Ligue 1 já venderam fatias a fundos (CVC); resultados mistos levantam dúvidas sobre retorno do investimento (ROI).
  • Governança e alinhamento: desenho do veículo de media e dos direitos de veto será crítico para evitar bloqueios como em 2021.

Contexto

  • Em 2021, um consórcio liderado pela CVC Capital Partners ofereceu €1,7 mil milhões por 10% do negócio global de direitos; proposta chumbada por vários clubes.
  • A JP Morgan já terá explorado antes soluções de financiamento para os direitos da Serie A, a par de fundos como Apollo Global Management e Carlyle Group (não confirmado o estado atual).
  • No ciclo 2021-2024, a distribuição internacional (excluindo EUA e MENA) foi entregue à Infront por cerca de €139M/ano (valor reportado).
  • A liga tinha meta de triplicar receitas internacionais até 2030; o diretor-executivo Luigi de Siervo admitiu mercado mais cauteloso, com operadores a investir menos.

Números

  • €250M/ano: receitas internacionais atuais (Reuters).
  • €1,7 mil milhões por 10%: oferta CVC em 2021 (bloqueada).
  • €139M/ano: acordo internacional anterior com a Infront (2021-2024), excluindo EUA e MENA.
  • Termos financeiros de eventual venda/participação com agências: valores não divulgados.

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