Primeiro dono estrangeiro na Arábia Saudita aposta no Al Kholood e na privatização da liga

O que aconteceu

Ben Harburg tornou-se, em julho, o primeiro proprietário estrangeiro de um clube da Liga Profissional Saudita (SPL) ao adquirir o Al Kholood, em Ar Rass (Qassim). A equipa subiu à primeira divisão em 2024 e terminou em 9.º. Num campeonato com estrelas como Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Kingsley Coman, o investidor norte‑americano assume uma estratégia de “outsider”, apoiada na privatização em curso e na modernização rumo ao Mundial de 2034.

Por Que Importa

• Capital privado: a entrada de um dono estrangeiro sinaliza abertura a investimento internacional e novas práticas de gestão na SPL.
• Competitividade e custos: Harburg admite forte concentração de recursos nos “quatro grandes”, impondo inovação em scouting, formação e eficiência salarial.
• Infraestruturas e valorização: com mais privatizações, espera-se maior eficiência operacional e potencial valorização de ativos (ROI — retorno do investimento).
• Audiências e marca da liga: a presença de estrelas e a agenda do Mundial de 2034 podem acelerar receitas de transmissão, patrocínios e bilhética.

Contexto

• Harburg é managing partner da MSA Capital (mais de $2 mil milhões sob gestão) e foi acionista minoritário do Cádiz CF, que com um dos menores orçamentos venceu Real Madrid e Barcelona, reforçando o seu perfil de gestor “underdog”.
• O Cádiz firmou parceria com o Al Nassr em 2022 (formação e intercâmbio técnico), conectando o investidor ao ecossistema saudita antes desta compra.

Entre Linhas

• Harburg considera os ativos desportivos nos EUA “sobrevalorizados” e vê na Arábia Saudita uma oportunidade singular de criação de valor via reestruturação do clube.
• Aposta em integração local: presença do proprietário na comunidade de Ar Rass visa fidelizar adeptos e reforçar identidade do Al Kholood.
• Sem dados adicionais (não confirmado) sobre montante da aquisição, termos do negócio, duração do projeto e metas financeiras.

E agora?

• O investidor antecipa que a SPL será “irreconhecível” em cinco anos e possa entrar no top‑5 global em competitividade e receitas — previsão, não confirmada.
• Prioridades: modernização de infraestruturas, formação, captação de jovens talentos e otimização de custos para reduzir a distância orçamental face aos líderes.