Marrocos quer transformar a CAN 2025 em motor de turismo e investimento

Com 800 mil bilhetes já vendidos, Rabat integra a competição no seu plano turístico 2023–2026 para evitar ‘elefantes brancos’ e consolidar a procura após recordes de visitantes.

15 dez 2025 • 00:14 • Leitura original: Morocco World News / Abderrahim Kabbour
Marrocos quer transformar a CAN 2025 em motor de turismo e investimento — Morocco World News / Abderrahim Kabbour

O que aconteceu

Marrocos está a preparar a Taça das Nações Africanas de 2025 (CAN 2025) como alavanca do seu Roteiro do Turismo 2023–2026, ligando obras em estádios, mobilidade e regeneração urbana a objetivos de longo prazo. As autoridades reportam 800 mil bilhetes já vendidos e várias partidas esgotadas, num contexto de procura turística em alta — cerca de 18 milhões de visitantes até final de 2025, acima da meta de 17,5 milhões prevista para 2026.

Por Que Importa

  • Receita turística: grandes eventos elevam ocupação, gasto médio e estadias; a integração no plano nacional visa prolongar o efeito além do mês da competição.
  • Atratividade para investidores: a Agência Marroquina de Engenharia do Turismo (SMIT) quer usar a exposição global para reforçar confiança e captar investimento sustentável para hotelaria, restauração e lazer.
  • Eficiência de infraestruturas: ao ligar CAN a planos urbanos (transportes, rotas culturais, zonas de entretenimento), o país procura evitar ‘elefantes brancos’ e reduzir custos de operação pós‑evento.
  • Marca‑país e direitos: estádios cheios e jogos esgotados geram visibilidade internacional difícil de replicar com campanhas tradicionais, potenciando futuras candidaturas e parcerias comerciais.

Contexto

  • O Roteiro do Turismo 2023–2026 foca qualidade do serviço, diversificação de destinos e captação de investimento.
  • Melhorias recentes incluem renovações hoteleiras, novos conceitos de gastronomia marroquina e zonas de lazer pensadas para viabilidade após a CAN.
  • Julho–Agosto registou 4,6 milhões de turistas (+6% face ao ano anterior), consolidando a tendência antes do torneio.

E agora?

  • O sucesso dependerá de integração operacional: ligações de transporte entre estádios e polos turísticos, gestão de fluxos de adeptos e programação cultural paralela.
  • Monitorizar indicadores pós‑CAN: taxa de ocupação fora de época, retorno do investimento (ROI) em renovações e evolução do gasto por visitante.
  • Alinhar contratos de patrocínio e hospitalidade para maximizar receitas e dados de audiência, alimentando futuras estratégias de captação de eventos.

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