Espanha vence a Women’s Nations League e arrecada 400 mil euros, com recorde de assistência
Prémios sobem face à edição anterior, mas continuam a representar pouco mais de 1,5% do total distribuído no torneio masculino da UEFA.
O que aconteceu
A Seleção de Espanha conquistou a Women’s Nations League 2025 ao vencer a Alemanha por 3-0, recebendo 400 mil euros em prémios, quase o triplo dos 160 mil euros da edição anterior. A final, disputada em Espanha, fixou um novo recorde nacional de assistência em jogos de seleções femininas, com 55.843 espectadores. A Alemanha arrecadou 250 mil euros como vice-campeã; França e Suécia receberam 200 mil euros e 150 mil euros, respetivamente.
Por Que Importa
- A subida do prémio para a campeã para €400 mil sinaliza um esforço de valorização, mas permanece muito abaixo do masculino (pouco mais de 1,5% do total distribuído na competição masculina da UEFA).
- O novo recorde de assistência (55,8 mil) reforça o potencial comercial do futebol feminino em Espanha, com impacto em bilhética, patrocínios e receitas de transmissão.
- A discrepância de prémios limita o retorno do investimento (ROI) para federações e patrocinadores e pode condicionar a sustentabilidade competitiva.
- O dinamismo de procura pode acelerar renegociação de direitos de transmissão e ativos comerciais da competição e das seleções.
Números
- Campeã: Espanha — €400.000; Vice-campeã: Alemanha — €250.000; 3.º: França — €200.000; 4.º: Suécia — €150.000.
- Recorde de assistência na final: 55.843 espectadores; anterior marca: 32.657 (28/02/2024, Estádio La Cartuja).
- Semifinal em Sevilha: 21.856 espectadores; anterior recorde da campeã do mundo: 15.896 (La Rosaleda, fase de grupos vs. Suécia).
- No masculino, Portugal, campeão vigente, somou €10,5 milhões (mais €2,25 milhões das fases prévias); distribuição por ligas: Liga A €1,5M, Liga B €1M, Liga C €750k, Liga D €500k; vencedores de grupo: €250k–€750k.
Entre Linhas
- A diretora de futebol feminino da RFEF, Reyes Bellver, afirma que a base é sólida (quase 110 mil federadas), mas alerta para risco de fuga de talento e perda de competitividade da Liga F face a outras ligas.