Crédito privado ganha terreno no financiamento a clubes da Premier League

Wolves e Nottingham Forest recorrem a novos financiadores — PGIM e Apollo — num mercado de dívida cada vez mais competitivo e caro

7 nov 2025 • 10:30 • Leitura original: Bloomberg (David Hellier, Abhinav Ramnarayan, Silas Brown)
Crédito privado ganha terreno no financiamento a clubes da Premier League — Bloomberg (David Hellier, Abhinav Ramnarayan, Silas Brown)

O que aconteceu

Clubes da Premier League, incluindo o Wolverhampton Wanderers e o Nottingham Forest, recorreram nos últimos meses a financiamentos de credores privados: o Wolves à PGIM Inc. e o Forest à Apollo Global Management. Os dois emblemas, sob pressão desportiva e financeira, optaram por dívida fora do circuito bancário tradicional para reforçar liquidez num contexto de custos elevados e risco de despromoção.

Por Que Importa

  • Financiamento alternativo tende a carregar custos de juro mais altos e garantias mais rígidas, com impacto na margem para investir em plantéis e infraestruturas.
  • A entrada de gestoras como PGIM e Apollo amplia a oferta além da banca, mas pode aumentar a alavancagem dos clubes em ciclos desportivos voláteis.
  • Emblemas ameaçados pela despromoção enfrentam receitas televisivas incertas; a dívida privada pode incluir covenants ligados a receitas futuras (bilhética, TV, transferências), elevando o risco operacional.
  • O movimento sinaliza mudança estrutural no financiamento do futebol inglês, com crédito privado a disputar espaço a bancos especializados que dominavam o setor.

Contexto

  • A Premier League combina receitas televisivas recorde com custos salariais e de transferências em alta, pressionando fluxos de caixa.
  • Clubes fora do topo da tabela têm menor previsibilidade de receitas europeias e dependem mais da manutenção na liga, encarecendo o risco de crédito.

Entre Linhas

  • Termos financeiros específicos (taxas, maturidades, garantias) não foram divulgados; a tendência indica valores não divulgados mas com prémio de risco face à banca.
  • A procura por crédito privado cresce num ambiente de juros elevados e escrutínio regulatório sobre sustentabilidade financeira.

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