Quanto custa ver futebol na TV na Europa
Calcio e Finanza compara preços de subscrições e peso no rendimento; Itália e França são os países mais acessíveis e Espanha lidera no esforço dos adeptos.
O que aconteceu
O Calcio e Finanza publicou uma análise em vídeo (27 de Outubro de 2025) que compara o custo anual para ver campeonatos nacionais e competições europeias em televisão/plataformas de transmissão online nos principais mercados europeus, e relaciona-o com o rendimento médio. Conclui que um “pack” completo em Itália ronda 585 €/ano, abaixo de Espanha (≈1.200 €), Inglaterra (≈984 €), Alemanha (≈810 €) e ao nível de França (≈585 €). Em termos de esforço relativo, o peso é maior em Espanha (3,72% do rendimento médio), seguida de Inglaterra (2,25%) e Itália (1,79%).
Por Que Importa
- Estrutura de preços e “bundles” influencia a penetração de assinaturas e a audiência paga, com impacto direto na faturação de direitos das ligas e dos clubes.
- Um custo relativo elevado (como em Espanha) aumenta o risco de churn (cancelamentos) e pirataria, pressionando a estratégia de distribuição e os valores de renovação dos direitos.
- A fragmentação entre operadores (DAZN, Sky/NOW, Prime Video, TNT Sports, Orange, canal da liga) exige parcerias e pacotes que maximizem o retorno do investimento (ROI) para emissoras e ligas.
- A comparação internacional é uma referência para reguladores e ligas ao desenharem modelos de venda centralizada e calendários que aumentem valor percebido e tempo de visualização.
Números
- Itália: ~585 €/ano (TIMVISION + DAZN + Prime Video + NOW/Sky).
- Espanha: pacote Orange (com futebol, fibra e telefonia) > 1.200 €/ano.
- Inglaterra: Sky + TNT Sports + Prime Video ≈ 984 €/época.
- França: 585 €/ano (novo canal da Liga + Canal+).
- Alemanha: Sky + DAZN + Prime Video ≈ 810 €/ano.
- Esforço no rendimento médio: Espanha 3,72%, Inglaterra 2,25%, Itália 1,79%.
Entre Linhas
- Inclusão de serviços de telecomunicações em Espanha distorce a comparação “puro conteúdo” vs. pacote convergente (televisão+fibra+telemóvel).
E agora?
- Próximos ciclos de direitos tenderão a testar modelos híbridos (canal próprio da liga + operadores) para reduzir fragmentação e estabilizar preços.
- Expectável maior foco em ofertas flexíveis (mensal/jogo a jogo) para baixar barreiras de entrada e mitigar o custo relativo nos mercados com maior pressão sobre o rendimento das famílias.