Refcam estreia na Serie A e reacende disputa sobre compensações aos árbitros

Microcâmara usada no Juventus–Inter melhora a transmissão, mas o sindicato exige que parte do valor gerado chegue ao quadro de arbitragem.

15 set 2025 • 08:54 • Leitura original: Calcio e Finanza
Refcam estreia na Serie A e reacende disputa sobre compensações aos árbitros — Calcio e Finanza

O que aconteceu

A Liga Italiana estreou a Refcam — microcâmara de 6 g acoplada ao microfone do árbitro — no clássico Juventus–Inter, em Turim. As imagens, usadas em direto, nas repetições e acessíveis ao videoárbitro (VAR), já tinham sido testadas no Mundial de Clubes. O sindicato dos árbitros contestou a Federação Italiana de Futebol (FIGC), alegando ausência de compensações e de apoios para os juízes, sobretudo os mais jovens.

Por Que Importa

  • A Refcam é pensada para elevar o valor do produto televisivo da Serie A, potenciando a venda de direitos de transmissão e o envolvimento das audiências.
  • O debate sobre remuneração e condições de trabalho dos árbitros entra no domínio económico: se a inovação gera novas receitas, o sindicato defende participação no retorno do investimento (ROI).
  • A pressão adicional e a maior exposição pública podem implicar seguros, formação e apoio psicológico — custos que precisam de enquadramento contratual.

Contexto

  • A FIGC e a Liga Italiana têm acelerado a adoção de tecnologia para aumentar transparência e espetáculo. A Refcam junta-se ao VAR e à melhoria de gráficos e audio de transmissão.
  • O sindicato sustenta que a tecnologia aumenta responsabilidades sem reconhecimento financeiro proporcional. Reivindica que parte do valor económico criado pela Refcam reverta para a organização arbitral e para programas de desenvolvimento de árbitros.

Entre Linhas

  • Não foram divulgados valores sobre custos de implementação, partilha de receitas com operadores de televisão ou eventuais prémios aos árbitros — lacuna que dificulta medir impacto real.
  • A monetização poderá surgir via renegociação de direitos, conteúdos adicionais e ativações comerciais; sem critérios claros de distribuição, o conflito pode prolongar-se.

E agora?

  • Negociações entre FIGC, Liga e sindicato são expectáveis; termos e prazos não confirmados. A continuidade da Refcam em jogos de alto perfil dependerá de acordos sobre compensações, seguros e formação, bem como de avaliação de riscos de privacidade e desempenho.

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