Patrocínios de apostas no Big-5: mapas de restrições e espaços ainda valiosos
LaLiga mantém veto governamental, Premier League aplica limitação parcial a partir de 2026 e Itália pondera reabrir o mercado. Bundesliga e Ligue 1 seguem com maior flexibilidade.
O que aconteceu
Um levantamento da 2Playbook compara como as cinco principais ligas europeias regulam os patrocínios de casas de apostas. Espanha conserva a proibição imposta pelo governo na LaLiga; no Reino Unido, a Premier League aplicará em 2026 uma restrição parcial, vedando a frente da camisola a operadores de jogo, mas mantendo a manga (salvo novas medidas). Em Itália, o governo estuda reverter o bloqueio em vigor para a Serie A. Alemanha (Bundesliga) e França (Ligue 1) preservam modelos mais permissivos. Valores concretos não divulgados.
Por Que Importa
- As casas de apostas têm sido entre os maiores compradores de patrocínios de camisola e de inventário digital nos clubes do Big-5, sustentando uma fatia relevante do orçamento. Sem estes contratos, muitos emblemas lutam para igualar receitas com marcas substitutas.
- Mudanças regulatórias alteram o preço de mercado dos activos comerciais (frente de camisola, manga, costas da camisola, LED, conteúdos digitais) e redistribuem investimento para categorias com menor exposição reputacional.
Contexto
- Espanha: veto governamental mantém fora das camisolas a publicidade a apostas, restringindo também outras propriedades de marca associadas aos clubes.
- Reino Unido: a Premier League acordou com os clubes restringir apenas a frente da camisola a partir de 2026; vendas na manga e propriedades secundárias continuam permitidas, não confirmado se haverá apertos adicionais pelo regulador.
- Itália: o executivo avalia reverter a proibição
- medida não confirmada –, o que reabriria um canal historicamente rentável para a Serie A.
- Alemanha e França: enquadramentos mais flexíveis permitem continuidade de contratos, ainda que sob regras de publicidade responsáveis.
Entre Linhas
- A substituição de patrocínios de apostas por categorias alternativas (fintech, criptoactivos, comércio electrónico, bebidas) tem falhado em igualar valores, pressionando metas de receitas comerciais.
- Caso Itália alivie a proibição, pode ocorrer competição inflacionada por espaços premium, com efeito de referência para outras ligas.
E agora?
- Clubes em mercados restritos devem reconfigurar o portefólio comercial (segmentar manga, costas e activos digitais) e preparar cenários de receitas com e sem apostas.
- Monitorizar potenciais mudanças legislativas em Itália e no Reino Unido, que podem redefinir contratos plurianuais e cláusulas de saída.