Itália acelera plano de estádios para EURO 2032: oito candidaturas ganham tração

FIGC afina lista para cinco sedes a indicar à UEFA até setembro de 2026; investimentos públicos e privados desbloqueiam projetos em Roma, Milão, Salerno, Cagliari e Palermo.

16 dez 2025 • 08:27 • Leitura original: Calcio e Finanza
Itália acelera plano de estádios para EURO 2032: oito candidaturas ganham tração — Calcio e Finanza

O que aconteceu

A Federação Italiana de Futebol (FIGC), com apoio do Ministério do Desporto, intensificou o dossiê de infraestruturas para o EURO 2032 (co-organizado com a Turquia). Oito estádios/projetos já cumprem, em linhas gerais, os critérios UEFA: Juventus Stadium (Turim), Olímpico (Roma), Franchi (Florença, em obra), novo Estádio da Roma em Pietralata (projeto definitivo iminente), novo San Siro (área privada de Inter e Milan), Gigi Riva (Cagliari, projeto aprovado), Arechi (Salerno, obras iniciadas) e Barbera (Palermo, investimento City Football Group). As autarquias devem entregar documentação até julho de 2026; a FIGC indicará cinco sedes à UEFA até setembro de 2026. O arranque de obras até março de 2027 é recomendação; confirmação final da UEFA prevista para outubro de 2027.

Por Que Importa

  • Seleção de sedes condiciona fluxos de investimento públicos/privados em construção e requalificação (ex.: ~€120M no Olímpico; €150M Regionais no Arechi), com impacto em emprego local e legado urbano.
  • Novas arenas elevam receitas de bilhética, hospitalidade e eventos não desportivos, melhorando retorno do investimento (ROI) para clubes/municípios.
  • Projetos em Milão e Roma reforçam valorização de ativos (direitos de nome, concessões e exploração), além de potenciarem candidaturas a finais europeias pós-2032.
  • Inclusão de Palermo e Cagliari amplia a distribuição territorial e o turismo, diluindo riscos políticos e reputacionais de excluir o Sul.

Contexto

  • A compra de San Siro e áreas adjacentes por Inter e Milan por €192M desbloqueou o plano milanês; prepara-se plano urbanístico e estudo técnico‑económico.
  • O Olímpico apresentou restyling à UEFA; sendo estatal (via Sport e Salute), o financiamento é considerado seguro.
  • O Franchi mantém obra com meta 2029; chaves estão nos equilíbrios entre clube e município.
  • Em Palermo, o City Football Group (proprietário do clube) e a Câmara alinharam vontade política e escolheram a Populous para o desenho.

Entre Linhas

  • Verona e Génova avançam processos mas com nós financeiros e de projeto (valores não divulgados).
  • Bolonha tem projeto aprovado para o Dall’Ara (>30 mil lugares), mas a equação económica segue em aberto; o proprietário Saputo privilegia investimento desportivo.
  • Nápoles e Bari são as grandes excluídas, devido a desalinhamento clube–município; inversão de cenário parece improvável.

Números

  • Capacidade mínima UEFA para jogos de fase final coberta pelos projetos de 30–65 mil lugares.
  • Prazos: documentos municipais até julho 2026; indicação à UEFA até setembro 2026; veredito de confirmação em outubro 2027.

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