Reino Unido ativa regulador do futebol para travar maus proprietários já na próxima semana
Novo organismo independente vai reforçar testes a proprietários e impor regras de sustentabilidade financeira aos clubes ingleses. Multas e sanções poderão avançar com efeitos imediatos.
O que aconteceu
O Governo do Reino Unido vai pôr em funcionamento, já na próxima semana, o novo regulador independente do futebol inglês, com mandato para agir contra maus proprietários e impor critérios de sustentabilidade financeira. O organismo terá poderes para aprovar ou vetar aquisições, fiscalizar finanças dos clubes e aplicar sanções por incumprimento.
Por Que Importa
- Proteção de ativos: visa evitar colapsos como os de clubes que entraram em administração por má gestão, preservando receitas de bilhética, direitos de transmissão e patrocínios.
- Rigor nos controlos: reforça o teste a proprietários e diretores, podendo bloquear compras alavancadas com riscos para o balanço (valores não divulgados).
- Estabilidade regulatória: cria um enquadramento nacional acima das ligas, com poder de mediação sobre distribuição de receitas e regras de custo, reduzindo litígios prolongados.
- Confiança do mercado: maior previsibilidade para investidores e patrocinadores, com potencial de baixar o risco reputacional e o custo de capital dos clubes.
Contexto
- O dossiê ganhou tração após casos recentes de deduções de pontos e processos ligados a regras de rentabilidade e sustentabilidade, que expuseram fragilidades do modelo de supervisão das ligas.
- A proposta de regulador foi avançada em Livro Branco governamental, defendendo testes mais robustos a origem de fundos, planos de negócio e governação.
- O novo órgão deverá cooperar com a Premier League e a English Football League (EFL), mas terá poderes próprios para intervir quando detetar riscos sistémicos.
E agora?
- Espera-se a publicação dos critérios finais de aprovação de proprietários/diretores e de um modelo de licenciamento com exigências mínimas de capital e transparência (detalhes não confirmados).
- Clubes com estruturas financeiras mais alavancadas poderão ter de rever dívida e políticas de contratação para cumprir limites de risco.
- Patrocinadores e financiadores deverão requerer garantias adicionais de conformidade antes de fechar contratos plurianuais.