Liga aponta média de €225M/ano na centralização dos direitos televisivos a partir de 2028/29
Estimativa entre €200M e €250M será discutida na Cimeira de Presidentes; duas chaves de repartição, uma com alteração dos quadros competitivos.
O que aconteceu
A Liga Portugal reviu a sua estimativa para a centralização dos direitos audiovisuais, obrigatória por lei a partir de 2028/29: a venda conjunta dos jogos da I e II Liga deverá render entre €200M e €250M por época, com média de €225M/ano. Os números servirão de base à apresentação, na quinta-feira, de duas propostas de repartição entre clubes.
Por Que Importa
- A nova média de €225M representa um recuo de cerca de 25% face aos €300M antes referidos por Pedro Proença, impactando orçamentos e planeamento de investimento dos clubes.
- Centralização cria um único pacote de comercialização, potencialmente elevando o poder negocial com operadores de transmissão e plataformas de transmissão online (streaming), mas com risco de menor competição de ofertas se o mercado estiver retraído.
- Definição da chave de repartição condiciona a previsibilidade de receitas dos clubes e pode reduzir disparidades — ou consolidá‑las — consoante critérios (audiências, classificação, história, mercado).
- A decisão influencia negociações paralelas de patrocínios e ativação comercial, ao fixar um piso de receita mediática plurianual.
Entre Linhas
- Uma das propostas de repartição está ligada a reformulação dos quadros competitivos (alteração de formatos das provas), sinalizando troca regulatória por maior valor comercial. Detalhes não divulgados (não confirmado).
- A estimativa resulta de avaliação interna e de mercado; condições finais dependerão de concorrência entre operadores e do ciclo publicitário à data do concurso.
Números
- Intervalo projetado: €200M–€250M/ano.
- Valor de referência para negociação e partilha: €225M/ano.
- Diferença face a projeção anterior: −€75M/ano versus os €300M antes apontados.
E agora?
- Quinta‑feira: apresentação das duas chaves na Cimeira de Presidentes; possível votação de princípio.
- Definição de cronograma do concurso e das métricas de repartição (audiências, resultados, mercado, infraestruturas) será crítica para assegurar retorno do investimento (ROI) aos operadores e estabilidade aos clubes.