LaLiga regressa aos lucros com mais de €2.000 milhões de receita em 2024-2025
Receitas audiovisuais somam €1.872 mil milhões; patrocínios caem ~20%. Passivo ligado ao acordo com a CVC pesa €1.757 mil milhões a longo prazo.
O que aconteceu
A LaLiga encerrou a época 2024-2025 com resultado líquido positivo de €6,2 milhões, revertendo as perdas superiores a €5 milhões do ano anterior. As receitas totais mantiveram-se acima de €2.000 milhões, impulsionadas por €1.872 mil milhões de direitos audiovisuais (ES: €1.121 mil milhões; internacional: €748 milhões). Patrocínios e licenças renderam ~€130 milhões (−~20% ano contra ano). O resultado financeiro subiu para €26,6 milhões.
Por Que Importa
- A ligeira alta nas receitas de transmissão reforça a resiliência do principal pilar de faturação da LaLiga, apesar da pressão competitiva global por direitos.
- A queda de ~20% em patrocínios/licenças sinaliza desaceleração comercial e dependência crescente do audiovisual, elevando risco de concentração.
- A estrutura de dívida é pesada: €1.757 mil milhões do acordo com a CVC registados como passivo financeiro de longo prazo, condicionando fluxo de caixa e investimento futuro.
- Contenção de custos e melhoria do resultado financeiro permitiram retomar a rentabilidade, mas com margem líquida muito estreita.
Números
- Direitos audiovisuais: €1.872 mil milhões (+<1%).
- Patrocínios/licenças: ~€130 milhões; por mercados: Américas €61M; Espanha €28,1M; Europa €20,4M; Ásia‑Oceânia >€12M; Europa/Oriente Próximo/África (MENA) €6,4M.
- Manutenção de recintos: €12,39M.
- Aprovisionamentos: €1.654 mil milhões (−4%).
- Pessoal: ~€50M (+2%).
- Outros gastos de exploração: €352,9M (+14,6%).
- Passivo corrente: €710,4M; passivo não corrente: €1.788M (inclui CVC: €1.757M).
- Curto prazo: linhas/crédito €163M; empréstimo OLB Bank €24,1M; fornecedores >€166M.
Entre Linhas
- A América como principal fonte de patrocínios sugere foco comercial fora de Espanha, alinhado com a disputa por audiências e marcas globais.
- A estagnação do crescimento audiovisual (<1%) pode indicar “teto” nas receitas domésticas, reforçando a necessidade de monetização internacional e novos formatos digitais.