Atlético de Madrid abre capital e cede controlo maioritário à Apollo Sports Capital
Fundo norte-americano torna-se acionista de referência; clube mantém liderança executiva e prepara investimento em infraestruturas, incluindo a Cidade do Desporto.
O que aconteceu
O Atlético de Madrid anunciou acordo para a entrada da Apollo Sports Capital como acionista maioritário, passando a controlar o clube após o fecho da operação, previsto para o primeiro trimestre de 2026. Miguel Ángel Gil (presidente executivo) e Enrique Cerezo (presidente) permanecem na gestão e como acionistas minoritários. O plano inclui novo capital para as equipas e grandes projetos de infraestrutura, entre os quais a Cidade do Desporto junto ao Estádio Riyadh Air Metropolitano. Valores não divulgados.
Por Que Importa
- Reconfiguração acionista com controlo maioritário por um fundo, potenciando acesso a capital para crescimento competitivo e obras estratégicas.
- Sinal para o mercado de LaLiga: clubes a recorrer a investimento institucional para financiar infraestruturas e multi‑clube (inclui Atlético de San Luis e Atlético Ottawa).
- Continuidade de gestão reduz risco de rutura operacional e protege a identidade de marca perante adeptos e patrocinadores.
- Operação dependente de autorizações regulatórias e condições de fecho, com calendário até 2026, impactando planeamento financeiro plurianual.
Contexto
- Em julho, o Atlético terá rejeitado uma proposta da Apollo para a Atlético Holdco; o dossiê foi reconfigurado e agora envolve a propriedade maioritária do clube.
- O projeto da Cidade do Desporto está orçado em cerca de 800 milhões de euros (montante global do projeto do clube), combinando centro desportivo e oferta de entretenimento.
- Accionistas atuais que permanecem minoritários: Miguel Ángel Gil, Enrique Cerezo, Quantum Pacific Group e fundos geridos pela Ares Management.
E agora?
- Fecho condicionado a aprovações (não confirmado quais reguladores), com conclusão estimada para o 1.º trimestre de 2026.
- Expectável redefinição de governança e pactos entre acionistas para salvaguardar a continuidade executiva.
- Potencial efeito dominó em LaLiga, com outros clubes a avaliarem modelos de financiamento similares para infraestrutura e expansão internacional.