Sheffield Wednesday entra em administração e prepara nova era com hipótese de modelo liderado por adeptos
Clube do Championship sofre dedução de 12 pontos e troca de dono iminente; administradores abrem porta a investidores e a proposta dos sócios
O que aconteceu
O Sheffield Wednesday, histórico clube do Championship (2.º escalão inglês), entrou em administração na sexta-feira, recebendo uma dedução automática de 12 pontos pela Liga Inglesa de Futebol (EFL). A gestão passa para os administradores da Begbies Traynor, pondo fim ao mandato do proprietário Dejphon Chansiri. Há investidores interessados em conversações e o Sheffield Wednesday Supporters Trust (SWST) diz ter pronta uma proposta de aquisição liderada por adeptos para evitar liquidação. O clube tem uma dívida fiscal reportada de €1,14 M (£1 M).
Por Que Importa
- Administração abre processo de venda e pode redefinir a estrutura acionista (inclui cenário de propriedade por adeptos), com impacto na governação e no acesso a capital.
- A dedução de 12 pontos coloca o Wednesday em forte risco desportivo e financeiro (queda de receitas de bilhética, direitos de transmissão e prémios em caso de descida à League One).
- O regresso dos adeptos ao estádio após boicotes é crítico para liquidez imediata: cada jogo em casa ganha peso na tesouraria enquanto decorre a administração.
- Caso a proposta dos adeptos avance, será um caso de estudo em Inglaterra sobre modelos de propriedade participada e sustentabilidade financeira no futebol.
Contexto
- Meses recentes marcados por salários em atraso, saídas de jogadores, embargo de contratações e protestos — culminando com o pedido de dissolução por parte da Autoridade Tributária britânica (HMRC).
- Henrik Pedersen, treinador, apela a uma estratégia de longo prazo “com o coração antigo”, reforçando a necessidade de governação estável e plano de crescimento.
E agora?
- Administradores conduzem o processo de venda: interessadas já iniciaram contactos (valores não divulgados).
- O SWST afirma ter preparado uma proposta “credível” de tomada de controlo pelos adeptos para proteger o clube no pior cenário.
- Prioridade operacional: maximizar receitas de dia de jogo e reconstruir a relação com os adeptos para mitigar a pressão de caixa durante a administração.
