CBF avança com Fair Play financeiro focado em gastos com plantel e dívidas de curto prazo

Modelo assenta em quatro pilares e pode limitar a folha do futebol a uma percentagem da receita; clubes da Série B já sinalizaram apoio.

25 out 2025 • 08:51 • Leitura original: Rodrigo Mattos
CBF avança com Fair Play financeiro focado em gastos com plantel e dívidas de curto prazo — Rodrigo Mattos

O que aconteceu

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prepara um sistema de Fair Play financeiro, assente em quatro pilares, com foco em limites de gastos do futebol e controlo de dívidas de curto prazo. Em discussão está a definição de um teto — percentagem da receita anual — para despesas com o plantel, bem como a fórmula do cálculo. A referência europeia é o limite de 70% da receita para gastos com futebol aplicado pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA). O modelo deverá ainda exigir uma trajetória para equilíbrio operacional ao longo do tempo e monitorizar passivos vencíveis em até 12 meses. Clubes serão formalmente apresentados ao regulamento; a Série B manifestou apoio. No topo da CBF, o projeto tem apoio declarado, mesmo perante possível resistência.

Por Que Importa

  • Impõe disciplina orçamental: um teto de despesa ligado à receita limita aumentos salariais e contratuais insustentáveis.
  • Melhora liquidez: foco nas dívidas de curto prazo reduz risco de incumprimento e pressões de caixa durante a época.
  • Atratividade para investidores e patrocinadores: regras claras e métricas de sustentabilidade elevam a confiança e o retorno do investimento (ROI).
  • Alinha o Brasil com padrões internacionais (UEFA), facilitando comparabilidade e potencial integração em mercados de transferências e licenciamento.

Contexto

  • Tentativas anteriores de implementar Fair Play no Brasil foram travadas por resistência de parte dos clubes.
  • Agora, a Série B sinaliza apoio; posições da Série A não foram detalhadas (não confirmado).
  • A UEFA utiliza desde 2022 um teto agregado de custos de futebol a 70% da receita relevante, com transições faseadas.

E agora?

  • Definição técnica do "que entra no cálculo": que receitas são consideradas e que custos contam para o teto (salários, amortizações, comissões, prémios).
  • Calendarização de implementação faseada e eventuais sanções: multas, restrições de registo ou limites de plantel (não confirmado).
  • Comunicação formal aos clubes e consulta para mitigar resistência, sobretudo na Série A.

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