UEFA junta-se à ACE e lidera ofensiva global contra a pirataria de conteúdos desportivos
Entidade europeia torna-se o primeiro detentor de direitos desportivos a integrar a Alliance for Creativity and Entertainment, reforçando o combate à pirataria em transmissões em directo.
O que aconteceu
A UEFA aderiu à Alliance for Creativity and Entertainment (ACE), a principal coligação mundial anti‑pirataria liderada pela Motion Picture Association. É o primeiro detentor de direitos desportivos a integrar a ACE e terá intervenção activa no seu “Live Tier”, célula dedicada a neutralizar pirataria de eventos em directo, em coordenação com autoridades e parceiros. A UC3, que comercializa os direitos das competições de clubes da UEFA, alinhará o esforço. Valores não divulgados.
Por Que Importa
- Direitos de media são a maior fonte de receita da UEFA; reduzir a pirataria protege fluxos de distribuição e valorização de contratos com emissoras e plataformas.
- O “Live Tier” promete acção em tempo real (deteção, remoção e desmantelamento), crítica em noites de competições europeias, mitigando perdas de audiência pagante.
- Integração na ACE traz inteligência partilhada global e maior capacidade de advocacy regulatória perante governos e operadores de rede.
- Sinal ao mercado: reforço de baixa exposição reputacional para parceiros comerciais que exigem proteção de conteúdos premium.
Contexto
- A ACE agrega mais de 50 estúdios e empresas de entretenimento sob um modelo coordenado de combate à pirataria digital.
- A UEFA e a UC3 sublinham que as receitas de direitos de transmissão sustentam a pirâmide do futebol europeu, do profissional ao formativo.
E agora?
- Expectável intensificação de acções contra serviços ilegais durante jornadas de competições europeias, com recurso a ordens de bloqueio e cooperação policial (detalhes operacionais não confirmados).
- Possível alinhamento com ligas e federações para ampliar o “Live Tier” a outros detentores de direitos, criando massa crítica contra retransmissões ilícitas.
- Emissoras e plataformas poderão exigir cláusulas de proteção reforçadas e métricas de eficácia anti‑pirataria como condição nos próximos ciclos de direitos.