UEFA lança concurso de direitos pós-2027 com pacote “first-pick” e contratos de 4 anos
UC3 e Relevent abrem licitação em simultâneo nos cinco maiores mercados europeus; novo pacote dá escolha prioritária de um jogo por jornada da Liga dos Campeões.
O que aconteceu
A UC3, em parceria com a Relevent Football Partners, iniciou o concurso para os direitos de transmissão das competições europeias de clubes da UEFA a partir de 2027/28. A licitação arranca em simultâneo em França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, com possibilidade de acordos por quatro anos. Entre as novidades está um pacote exclusivo de “first-pick” (escolha prioritária) que garante os direitos de um jogo por jornada da UEFA Champions League. As propostas devem ser apresentadas até 18 de novembro.
Por Que Importa
- Redesenho comercial pode aumentar a concorrência e os preços ao permitir ofertas sincronizadas nos cinco maiores mercados, ampliando o poder de negociação da UEFA/UC3.
- O pacote first-pick favorece operadores que apostam em jogos bandeira para maximizar audiências e subscrições, podendo fragmentar a oferta e elevar o valor por partida premium.
- Contratos de 4 anos introduzem estabilidade de receitas para clubes e difusores, alinhando ciclos com outras ligas europeias e facilitando planeamento de investimento.
- Sinal claro de abertura a plataformas digitais globais (plataformas de transmissão online), mantendo a cobertura dos media tradicionais, o que pode alterar a distribuição entre pay-TV, streaming e sinal aberto.
Contexto
- A UC3 foi criada para reforçar a colaboração comercial entre UEFA e clubes na venda de direitos das competições masculinas europeias, com o apoio operacional da Relevent Football Partners.
- O movimento segue o novo formato das competições masculinas da UEFA e pretende capitalizar tendências de consumo que privilegiam jogos de topo e janelas premium.
E agora?
- Operadores em França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido deverão estruturar propostas modulares (incluindo first-pick) até 18 de novembro; valores não divulgados.
- Possível maior fragmentação por pacotes pode levar a sublicenças ou parcerias entre televisões e plataformas digitais para diluir custos e garantir alcance.
- A adoção de um modelo mais global e flexível poderá ser replicada noutros mercados europeus numa fase posterior (não confirmado).