Serie A afasta redução para 18 clubes: liga quer preservar calendário e receitas

Luigi De Siervo diz que passar de 20 para 18 equipas retiraria cerca de 20% dos jogos e reduziria a representação territorial, enfraquecendo o produto doméstico face às competições europeias.

9 out 2025 • 07:32 • Leitura original: Calcio e Finanza
Serie A afasta redução para 18 clubes: liga quer preservar calendário e receitas — Calcio e Finanza

O que aconteceu

A Liga Serie A italiana afastou a hipótese de reduzir o campeonato de 20 para 18 clubes. À saída da assembleia realizada no Estádio Olímpico de Roma, o administrador-delegado Luigi De Siervo afirmou que, tal como nas ligas inglesa e espanhola, a permanência nas 20 equipas “neste momento” é a opção preferida, argumentando que um corte implicaria perder “cerca de 20% de eventos” e reduzir a representatividade de grandes cidades e territórios.

Por Que Importa

  • Menos jornadas significam menos inventário de jogos para vender a operadores de transmissão e patrocinadores, pressionando a faturação de direitos audiovisuais e de patrocínio de jornada (naming, ativações, hospitalidade).
  • A redução do calendário poderia acentuar a dependência de receitas das competições europeias, aumentando o risco caso os clubes italianos não avancem regularmente nessas provas.
  • Manter 20 clubes preserva a cobertura territorial e a exposição de marcas locais e regionais, relevante para as receitas comerciais e para a audiência linear e nas plataformas de transmissão online.
  • A decisão alinha a Serie A com a Premier League e LaLiga, reduzindo o risco de perda de competitividade comercial no mercado internacional de direitos.

Contexto

  • Várias ligas europeias discutiram cortes de participantes para aliviar o calendário com a nova configuração das competições da UEFA (mais jogos na fase principal). A Serie A admite que o desempenho recente nas competições europeias foi positivo, mas “não garantido” no futuro.

Entre Linhas

  • A referência a “20% de eventos” sugere que o modelo económico atual da Serie A depende fortemente do volume de jogos para sustentar avaliações de direitos; mudanças estruturais exigiriam renegociação contratual e possível revisão de custos fixos dos clubes (não confirmado).

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