Regulador inglês admite forçar venda de clubes como última medida

David Kogan, primeiro presidente do novo regulador do futebol em Inglaterra, quer poderes para intervir em casos como o do Sheffield Wednesday e desbloquear a redistribuição financeira entre Premier League e English Football League (EFL).

9 out 2025 • 14:54 • Leitura original: BBC Sport (Dan Roan, Bobbie Jackson)
Regulador inglês admite forçar venda de clubes como última medida — BBC Sport (Dan Roan, Bobbie Jackson)

O que aconteceu

O novo regulador independente do futebol em Inglaterra, presidido por David Kogan, afirmou à BBC que poderá forçar proprietários inadequados a vender clubes, “como último recurso”. Kogan citou o caso do Sheffield Wednesday — com salários em atraso e constrangimentos impostos pela English Football League (EFL) em 2025 — como exemplo de “problema significativo” e disse estar a trabalhar para obter poderes de investigação e intervenção.

Por Que Importa

  • Possibilidade de expropriação forçada (último recurso) altera o equilíbrio de poder entre proprietários e supervisão pública, potenciando maior proteção do ativo-clube e dos adeptos.
  • Reforço do escrutínio financeiro: foco em estabilidade e segurança ao longo da pirâmide, com impacto direto na gestão de tesouraria, salários e governança.
  • O regulador ambiciona destravar o impasse na redistribuição de receitas entre Premier League e EFL, com efeitos no ecossistema de direitos de transmissão e na sustentabilidade dos clubes.
  • Sinal ao mercado: Kogan alerta que os acordos de TV de topo não estão garantidos, defendendo gestão de risco para preservar a atratividade do produto.

Contexto

  • O Sheffield Wednesday falhou pagamentos salariais em múltiplas ocasiões em 2025; a EFL impôs restrições a inscrições por três janelas, entretanto levantadas em agosto.
  • O proprietário Dejphon Chansiri indicou no verão abertura para vender, mas sem acordo até agora (não confirmado).
  • A Premier League resistiu à criação do regulador por receio de perda de competitividade; Kogan diz estar comprometido com o crescimento económico da liga e afirma ter dado garantias após reunião com 110 clubes.

Entre Linhas

  • O regulador quer poder receber referências formais de casos problemáticos (Sheffield Wednesday e outros) para agir com base em evidência.
  • Kogan enfrenta um inquérito do Comissário para Nomeações Públicas por doações políticas passadas; garante independência e colaboração com o processo.

E agora?

  • Definição legal dos poderes de investigação e intervenção será determinante para a eficácia do regulador.
  • Próxima prioridade: mediador entre Premier League e EFL para um novo acordo de redistribuição financeira, após anos sem consenso.

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