Comissária da NWSL defende independência como motor de valor e acelera expansão
Jessica Berman aponta a autonomia da liga como vantagem competitiva, com expansão “cuidadosa e agressiva” e foco em infraestruturas e receitas controladas pelas equipas.
O que aconteceu
Três anos após assumir a liderança da National Women’s Soccer League (NWSL), Jessica Berman descreveu ao Financial Times uma estratégia assente na independência da liga, crescimento de valor dos clubes, forte procura de investidores e um plano de expansão para 2025 que levará a competição a 16 equipas nos Estados Unidos, incluindo entradas em Boston e Denver com estádios e centros de treino próprios.
Por Que Importa
- Modelo de negócio: a NWSL privilegia propriedade e operação próprias de infraestruturas, permitindo controlar todas as fontes de receita (bilhética, patrocínios locais, concessões, naming, eventos).
- Atratividade para capital: múltiplas transações e vendas de posições de controlo em cerca de metade da liga nos últimos 3 anos sinalizam avaliações em alta e confiança no retorno do investimento (ROI).
- Estratégia de media e patrocínios: footprint nacional mais amplo aumenta valor de direitos de transmissão e pacotes comerciais, impulsionando o ciclo de crescimento.
- Governance: autonomia face a equipas masculinas evita conflitos de interesse e permite decisões centradas nas prioridades estratégicas da liga.
Contexto
- A NWSL posiciona-se como a principal liga feminina nos EUA, beneficiando do histórico de talento e notoriedade da seleção e de clubes com novos investidores a comprometer capital em longo prazo e em infraestruturas “purpose-built”.
- Existem equipas com ligação a clubes da Major League Soccer (MLS), mas Berman frisa que a independência é o “superpoder” do ecossistema, ainda que reconheça vantagens de recursos partilhados em alguns casos.
E agora?
- Expansão: meta pública de 30–32 equipas (não confirmado) como ambição de longo prazo; curto prazo passa por chegar a 16 e avaliar novas vagas até 2028, mantendo a qualidade do produto como limite.
- Desenvolvimento de talento: parceria com a US Soccer e o sistema universitário para alargar a base de jogadoras, treinadores e quadros técnicos, garantindo oferta suficiente para sustentar a expansão.
- Perfil de novos donos: visão de longo prazo, capacidade financeira para operações e infraestruturas, e alinhamento com a estratégia da liga, sujeitos a due diligence e aprovação em conselho.