UEFA não trava Milan–Como na Austrália; decisão final cabe à FIFA
Luz verde europeia abre caminho para o primeiro jogo da Serie A fora de Itália; impacto direto em direitos internacionais e posicionamento de marca dos clubes.
O que aconteceu
A União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) confirmou o seu não impedimento à realização do Milan–Como, jogo da Serie A italiana, na Austrália. A entidade frisou o carácter excecional da decisão e a preferência por manter jogos nacionais no país de origem. Falta agora o parecer da Federação Internacional de Futebol (FIFA), presidida por Gianni Infantino, que deverá ser conhecido nos próximos dias (não confirmado). Em paralelo, a UEFA também não se opôs a Villarreal–Barcelona em Miami.
Por Que Importa
- Abre a porta a um precedente: jogos de campeonato fora do território nacional podem reconfigurar a venda de direitos internacionais e pacotes de transmissão (emissão televisiva e plataformas de transmissão online) da Serie A e de La Liga.
- Potencial de receita incremental via bilhética premium, hospitalidade e ativações locais de patrocinadores na Austrália; valores não divulgados.
- Fortalece a exposição global de marca de Milan e Como, relevante para crescimento de sócios, merchandising e acordos regionais (Ásia–Oceânia).
- Pressiona reguladores e ligas a definirem um enquadramento para jogos “fora de portas”, reduzindo risco jurídico e de calendário.
Contexto
- A UEFA reconheceu “vazio normativo” e falta de consenso entre os intervenientes, mas não bloqueou o jogo, classificando-o como excecional.
- O Como, com propriedade indonésia, vê na Austrália uma ponte para mercados próximos, alinhando turismo do Lago de Como com a expansão internacional do clube.
- O Milan defende que a iniciativa beneficia o “produto” Serie A, reforçando negociações futuras de direitos fora de Itália.
E agora?
- Decisão da FIFA será determinante: sem oposição, clubes e Serie A avançam com logística, licenciamento local e acordos comerciais no mercado australiano.
- Expectável reação de adeptos e atores domésticos (não confirmado), podendo influenciar um modelo de aprovação caso a caso para jogos no estrangeiro.
- Se bem-sucedido, poderá acelerar propostas semelhantes noutros campeonatos e consolidar um modelo de eventos internacionais para jogos oficiais.