Mundial 2026: FIFA cria revenda sem teto e aplica 15% a compradores e vendedores
Modelo liberaliza o mercado secundário, eleva comissões totais para 30% por transação e acompanha bilhetes oficiais com preços recorde; México é a exceção por força legal.
O que aconteceu
A Federação Internacional de Futebol (FIFA) lançou uma plataforma oficial de revenda para o Mundial de 2026 (Estados Unidos, México e Canadá) que elimina o teto máximo de preço, cobrando 15% ao vendedor e 15% ao comprador em cada transação. Os bilhetes oficiais já apresentam preços recorde e, no mercado secundário, há pedidos dezenas de vezes acima do valor de face, segundo The Athletic. No México, por imposição legal, mantém-se um limite de preço na plataforma.
Por Que Importa
- A FIFA capta 30 dólares por cada 100 dólares transacionados em revenda, criando uma nova linha de receita com elevada margem.
- Preços oficiais mais altos e mercado secundário liberalizado podem aumentar a faturação por adepto, mas arriscam exclusão de públicos com menor rendimento.
- O modelo aproxima-se das práticas do entretenimento na América do Norte, potencialmente elevando o valor comercial do evento junto de parceiros e patrocinadores.
- A exceção no México evidencia como regulação local pode condicionar estratégias de monetização.
Números
- Comissão na revenda: 15% para o vendedor + 15% para o comprador.
- Exemplo: bilhete a $1.000 rende $850 ao vendedor; custa $1.150 ao comprador; a FIFA arrecada $300 no total.
- Em alguns jogos, os preços oficiais de 2026 estão >2x face a mundiais anteriores (mesmo considerando inflação).
Entre Linhas
- A FIFA argumenta “segurança” e maximização de valor para legitimar o mercado secundário; promete quotas a preço fixo para categorias específicas de adeptos (detalhes não confirmados).
- A mudança rompe com a prática anterior de limite ao preço nominal e comissões <10%, reforçando uma estratégia de monetização direta sobre a procura.