Dois terços das adeptas dizem que organizações desportivas “não as entendem”
Estudo da The Collective (Wasserman) aponta falhas de marcas e detentores de direitos em servir o público feminino, apesar do seu peso nas decisões de compra.
O que aconteceu
Um estudo da The Collective, unidade da Wasserman focada no público feminino, indica que 66% das adeptas consideram que as organizações desportivas não as entendem nem lhes dirigem propostas relevantes. A pesquisa (7.100 mulheres, data não divulgada) revela ainda que 39% das marcas não percebem as mulheres enquanto fãs e que 50% das mulheres sem filhos sentem-se mal representadas pelo marketing atual.
Por Que Importa
- Poder de compra: 84% das adeptas são decisoras-chave em aquisições relacionadas com desporto, com impacto direto em bilhética, merchandising e subscrições de transmissão.
- Alinhamento de valores: 91% valorizam marcas que apoiam causas sociais, o que influencia patrocínios e ativação dentro e fora do estádio.
- Segmentação deficiente: enfoques excessivos na parentalidade excluem segmentos relevantes (p.ex., mulheres sem filhos), reduzindo retorno do investimento (ROI) de campanhas.
- Risco de erosão de audiência jovem: 53% da Geração Z afirma envolver-se menos com marcas e equipas quando sente falta de atenção ao público feminino.
Contexto
- Diferenças geracionais: a Geração X reporta menor alienação (30%) face ao marketing atual, enquanto as millennials surgem como o grupo feminino mais envolvido.
- Experiência no estádio: a diretora-geral da The Collective, Thayer Lavielle, defende padrões “sem fricção” e ofertas premium ajustadas às expectativas das mulheres, incluindo mães e adeptas ocasionais.
E agora?
- Ajustar propostas: investigar necessidades por segmento (Geração Z, millennials, mães/não-mães) e redesenhar produto, preço e experiência no recinto.
- Patrocínios de impacto: integrar causas sociais de forma autêntica e mensurável, ligando ativação a métricas de retenção e gasto médio por adepta.
- Conteúdos e dados: medir participação e preferências femininas em todos os canais de transmissão e presença física; corrigir lacunas na representação criativa.
- Sem dados adicionais (não confirmado): âmbito geográfico, datas do inquérito e metodologia completa não foram divulgados.