Ligas italianas lançam ofensiva anti‑pirataria para proteger receitas de transmissão
Série A, Série B e Lega Pro iniciam campanha nas redes e TV para travar o consumo ilegal, apontando riscos para a sustentabilidade do sector e para a segurança dos adeptos.
O que aconteceu
As ligas profissionais italianas — Série A, Série B e Lega Pro — lançaram uma campanha conjunta de sensibilização contra a pirataria digital, com difusão nas redes sociais e nos canais televisivos parceiros. As mensagens serão exibidas antes de cada jogo, alertando para o impacto económico das transmissões ilegais e para os riscos de segurança dos utilizadores.
Por Que Importa
Os direitos de transmissão são a principal fonte de receita das ligas e de muitos clubes. A pirataria reduz a audiência paga, pressiona em baixa o valor dos contratos de emissão e fragiliza o investimento no futebol profissional. Ao associar a narrativa económica à segurança digital do adepto, as ligas tentam aumentar a dissuasão e proteger o ciclo de receitas que sustenta salários, formação e infraestruturas.
Contexto
Luigi De Siervo, diretor executivo da Liga Série A, classificou o combate como uma “batalha cultural”, sublinhando que a pirataria corrói o investimento no desporto e no entretenimento. A mensagem alinha-se com esforços prévios em Itália para acelerar bloqueios de sites e reforçar colaborações com operadores de telecomunicações e difusores. Não foram divulgados números de perdas nem metas de redução, sinal de que o impacto esperado permanece não confirmado em termos quantitativos.
Entre Linhas
A escolha de passar as mensagens imediatamente antes dos jogos coloca o tema no momento de maior atenção do adepto e funciona como contraponto às ofertas ilegais que proliferam no mesmo intervalo temporal. Ao enfatizar o risco de recolha indevida de dados pessoais por redes criminosas, as ligas ampliam o argumento económico com uma dimensão de proteção do consumidor, procurando elevar a perceção de custo do “gratuito”.
E agora?
Sem valores ou métricas publicadas, o sucesso da campanha dependerá da medição de tráfego ilegal, conversão para ofertas legais e apoio regulatório para bloqueios rápidos. A continuidade da cooperação entre ligas, operadores e canais será decisiva na próxima janela de renovações de direitos.