Atlético-MG flexibiliza cláusula antidiluição da SAF para captar capital e destravar investidores

Conselho aprova redução do “chão” de participação da associação de 25% para 10%, preservando direitos mínimos previstos na Lei da SAF.

22 set 2025 • 08:05 • Leitura original: Máquina do Esporte
Atlético-MG flexibiliza cláusula antidiluição da SAF para captar capital e destravar investidores — Máquina do Esporte

O que aconteceu

O Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou a revisão da cláusula antidiluição na sua Sociedade Anónima do Futebol (SAF), permitindo que a participação da associação possa cair dos atuais 25% para um mínimo de 10%. A medida, aprovada por 184 votos contra nove, visa facilitar a entrada de novos investidores e viabilizar negociações antes condicionadas pela regra anterior. Direitos mínimos previstos na Lei da SAF, como a indicação de dois membros para o Conselho de Administração, foram mantidos.

Por Que Importa

  • A flexibilização reduz barreiras à captação de capital e pode acelerar rondas de financiamento ou novas subscrições de capital, vitais para reforço de caixa e investimento desportivo.
  • Com endividamento estimado em mais de R$ 2,3 mil milhões, a capacidade de atrair aportes externos torna-se central para reequilibrar a estrutura financeira e alongar passivos.
  • A manutenção de direitos de governação mínimos procura mitigar riscos de perda total de influência da associação, um ponto sensível para sócios e adeptos.

Contexto

  • A Lei da SAF no Brasil permite separar o ativo futebol do clube associativo, preservando certos direitos de governação mesmo com participações minoritárias. O “chão” de 10% abre margem para diluições futuras sem necessidade de bloquear operações.
  • Regras antidiluição rígidas têm travado processos de capitalização noutros clubes, por limitarem a entrada de novos parceiros quando a base societária não consegue acompanhar aumentos de capital.

Números

  • Participação mínima: 10% (antes: 25%).
  • Votação: 184 a favor, 9 contra.
  • Dívida estimada: superior a R$ 2,3 mil milhões (valores não auditados no texto).

E agora?

  • Com a regra revista, o clube pode avançar para novas emissões de capital e negociações com investidores estratégicos ou financeiros. Termos, avaliação e prazos não foram divulgados. Qualquer transação relevante deverá detalhar salvaguardas de governação, uso de fundos e metas de retorno do investimento (ROI).

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