Ligue 1+ ambiciona €300–350M/ano até 2028 com subida de preço e 2–2,5M de subscritores
Canal próprio da Liga Francesa quer consolidar o modelo direto-ao-consumidor após o fim do contrato com a DAZN; retorno esperado a partir da 3.ª época, diz o presidente do Lens.
O que aconteceu
A Liga Francesa de Futebol (LFP) definiu como meta alcançar receitas anuais entre €300 e €350 milhões até 2028 através do seu canal direto-ao-consumidor Ligue 1+. Oito dos nove jogos por jornada já são transmitidos na plataforma de transmissão online (streaming). O plano aponta para 2,0–2,5 milhões de assinantes e uma subida do preço mensal de €14,99 para €19.
Por Que Importa
- A LFP procura estabilizar receitas após a rutura contratual com operadores externos, transferindo o risco de audiência e comercial para o próprio ecossistema da liga.
- Se cumprir a meta, o Ligue 1+ pode tornar-se uma das maiores fontes de receita recorrente do futebol europeu fora dos contratos clássicos de direitos televisivos.
- A estratégia influencia negociações futuras com broadcasters e patrocinadores, e pode servir de referência para outras ligas que ponderam modelos híbridos.
Contexto
- A plataforma surgiu após o fim do contrato com a DAZN, obrigando a LFP a assegurar a emissão de grande parte do campeonato por conta própria.
- Joseph Oughourlian, presidente do Lens, admite erros passados na negociação dos direitos, mas aponta a forte ocupação dos estádios e a procura pós-pandemia como sinais de tração do produto.
Números
- Receita anual alvo: €300–€350 milhões até 2028.
- Base de subscritores: 2,0–2,5 milhões (objetivo).
- Preço mensal: de €14,99 para €19 (planeado).
- Cobertura atual: 8/9 jogos por jornada no Ligue 1+.
Entre Linhas
- Oughourlian antecipa que o modelo poderá gerar retornos significativos a partir da terceira temporada de emissões; contudo, a real capacidade do mercado para sustentar 2–2,5 milhões de subscrições permanece não confirmada.
E agora?
- A execução dependerá da conversão de adeptos em pagantes e da gestão do churn (saída de assinantes). A LFP terá de calibrar preço, qualidade de produto e ofertas comerciais para atingir escala sem comprometer o valor a longo prazo dos direitos.