De onde vêm os CEOs dos grandes clubes europeus

Um estudo da Football Benchmark sobre os “Big Five” (Premier League, LaLiga, Bundesliga, Serie A e Ligue 1) mostra que o papel do CEO se consolidou e é mais estável do que o de diretor desportivo. Em média, um CEO permanece 7,2 anos no cargo (face a 2,6 anos dos diretores desportivos) e tem 53,4 anos de idade (48,6 nos diretores). Há fortes diferenças por liga: a LaLiga apresenta a maior longevidade (9,4 anos), seguida de Serie A (7,9) e Bundesliga (7,5), enquanto a Premier League regista a menor média (5 anos, com grande rotatividade) e a Ligue 1 fica em 5,8.

Os perfis também mudaram: 31% dos CEOs vêm de media e comercial, 24% de finanças (sobretudo em Itália) e 22% de áreas técnicas, mais comuns em França e Alemanha. Nos caminhos de acesso, a liderança ligada à propriedade continua relevante (23 em 95 casos), mas destacam-se a promoção interna (29) e as contratações externas de outros clubes (28, frequentes na Premier League). Cresce ainda a presença feminina (ex.: Michelle Kang, Lina Souloukou, Marian Mouriño) e a tendência de executivos com participações minoritárias (Paul Barber 1,5% no Brighton; Giuseppe Marotta 2% no Inter). Conclusão: não há modelo único; a governance, a cultura e as prioridades estratégicas moldam quem lidera e por quanto tempo.