DAZN pode abandonar a Pro League já esta sexta-feira e abrir um buraco nas finanças dos clubes belgas

Sem acordos com Telenet e Proximus, a plataforma de transmissão online DAZN pondera sair do mercado belga; até 25% das receitas de alguns clubes estão em risco.

31 out 2025 • 09:53 • Leitura original: Walfoot
DAZN pode abandonar a Pro League já esta sexta-feira e abrir um buraco nas finanças dos clubes belgas — Walfoot

O que aconteceu

A DAZN, plataforma de transmissão online (streaming) detentora desde 2020 dos direitos da Pro League (primeira liga da Bélgica), deverá decidir esta sexta‑feira se mantém o contrato — avaliado em 84 M€ por ano — ou se se retira do mercado. Falhadas as parcerias com os operadores Telenet e Proximus, a DAZN ficou dependente da sua aplicação própria, o que limitou a base de assinantes num mercado considerado pequeno e de custos de produção elevados.

Por Que Importa

  • Uma saída ou renegociação em baixa poderá cortar até 25% do orçamento de vários clubes, afetando sobretudo a “classe média”.
  • Sem operador, a Pro League arrisca um vazio de emissão que pode reduzir audiências, receitas de bilhética e patrocínios associados a exposição televisiva.
  • O caso ecoa o da Ligue 1 francesa, que teve de lançar um canal próprio após a saída de parceiros, com forte custo inicial e execução morosa.
  • A saúde financeira da DAZN é pressão adicional: apesar de >3 mil milhões $ de faturação, a empresa mantém prejuízos e uma dívida próxima de 10 mil milhões $ (valores citados), colocando em causa a sustentabilidade do modelo.

Contexto

  • A falta de acordos com Telenet e Proximus isolou a DAZN, travando a conversão de adeptos que preferem o serviço via operador tradicional.
  • Negociações passaram para a direção internacional da DAZN, sinal de que a estrutura local tem margem nula e de quebra de confiança entre as partes.

E agora?

  • Cenários sobre a mesa para sexta‑feira: redução do valor dos direitos ou rutura contratual. Em caso de rutura, a liga teria de procurar rapidamente um novo difusor ou montar um canal próprio (último recurso, caro e lento).
  • Clubes devem preparar planos de contingência de tesouraria, renegociando custos salariais e compromissos de curto prazo até haver visibilidade sobre direitos.

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