Campari negoceia compra do Rimini e pode assumir clube da Serie C

O que aconteceu

O Grupo Campari, multinacional italiana de bebidas espirituosas sediada em Sesto San Giovanni, está em negociações para adquirir o Rimini FC (Serie C) à Building Company de Giusy Anna Scarcella, que assumiu o clube há cerca de três meses. A assinatura de um acordo preliminar esteve prevista para ontem, mas foi adiada; o entendimento incluía o pagamento de dívidas ao ex-presidente Alfredo Rota. Existem outros interessados, mas com menor peso. Valores não divulgados.

Por Que Importa

• Entrada de um grupo com capacidade financeira global e portefólio de mais de 50 marcas pode estabilizar a tesouraria do Rimini e desbloquear investimentos em equipa e infraestruturas.
• A transação, se incluir assunção de passivo, reduz risco de incumprimento e pode melhorar a relação com fornecedores e trabalhadores.
• Campari tem histórico de ativação de marca no futebol (parcerias com Inter e Venezia), sinalizando potencial para novas receitas comerciais e maior atratividade para patrocínios locais.
• Caso avance, reforça a tendência de diversificação de grupos de consumo no futebol de divisões inferiores, com impacto nas audiências regionais e valorização do ativo-clube.

Contexto

• A atual proprietária admitiu não ter recursos para sustentar o clube e declarou abertura à venda a uma entidade “sólida e estruturada”.
• O Rimini atravessou meses difíceis em termos desportivos e operacionais; a mudança acionista seria vista como passo de estabilidade pelos adeptos (não confirmado).

E agora?

• As partes continuam a negociar; sem assinatura, o dossiê mantém-se em estado de incerteza e sujeito a concorrência de outras propostas.
• Qualquer fecho exigirá verificação de licenciamento e conformidade com regulamentos da Serie C e da Federação Italiana, incluindo prova de capacidade financeira.
• A calendarização de pagamentos de dívida a Alfredo Rota será determinante para o fecho e para a gestão de curto prazo do clube.