San Mamés serve de laboratório digital para gestão de multidões em dias de jogo

Ferramenta do BCAM cria gémeo digital do estádio do Athletic Club para prever fluxos de adeptos e reduzir riscos em eventos de lotação máxima

21 out 2025 • 14:46 • Leitura original: BCAM
San Mamés serve de laboratório digital para gestão de multidões em dias de jogo — BCAM

O que aconteceu

O Basque Center for Applied Mathematics (BCAM) desenvolveu uma ferramenta de simulação para otimizar a mobilidade pedonal em eventos de grande escala. Com dados reais de entradas no Estádio de San Mamés e plantas do recinto, a equipa criou um gémeo digital do estádio e envolvente urbana para testar cenários de acesso em jogos com lotação máxima, incluindo protocolos aplicados na Liga Europa da UEFA 2024–2025. O projeto M3OVE foi financiado pela Deputação Foral de Biscaia; contou ainda com apoio do Município de Bilbau e colaboração do Athletic Club.

Por Que Importa

  • Segurança e experiência do adepto: simulações antecipam gargalos e zonas de alta densidade, reduzindo riscos de incidentes e atrasos no acesso/evacuação.
  • Eficiência operacional: permite planear perímetros, barreiras e portas para diminuir custos de operação em dias de jogo e melhorar o fluxo antes e após a partida.
  • Decisões baseadas em dados: apoia autoridades, polícia e clubes na gestão de multidões, com impacto na conformidade regulatória e em seguros.
  • Potencial de monetização: melhor gestão de acessos pode aumentar consumo no estádio (merchandising e restauração) e reduzir perdas por filas e congestionamentos.

Contexto

  • Crescente pressão sobre recintos desportivos com eventos de grande escala (futebol, concertos, manifestações) torna críticas as ferramentas preditivas de mobilidade.
  • O modelo assenta no Social Force Model, calibrado com dados empíricos, reproduzindo fenómenos como “faster-is-slower” em evacuações.

Números

  • Abrange entradas por torniquete (dados anonimados), plantas arquitetónicas e geometria urbana para simular múltiplos cenários de acesso e encerramento de ruas.
  • Aplicável a outras infraestruturas de grande circulação: estações de metro, centros comerciais, hospitais e novos bairros (ex.: Zorrotzaurre, Bilbau).

E agora?

  • A equipa estuda acoplamento com modelos de transmissão local de doenças (em parceria com o Hospital Universitário de Galdakao-Usansolo), visando simular riscos sanitários em ambientes fechados de grande circulação.
  • Possível extensão a outros clubes e cidades, viabilizando planos de contingência e serviços de consultoria; valores não divulgados.

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