Vitória de Setúbal oferece frações do passe de Pedro Catarino a sócios em iniciativa de angariação
Clube promete repartir receita de futura transferência do avançado pelos associados com quotas em dia até 2 de janeiro de 2026.
O que aconteceu
O Vitória Futebol Clube (Vitória de Setúbal) lançou uma campanha de sócios em que quem se associar e mantiver quotas em dia até 2 de janeiro de 2026 passará a deter uma fração do passe do avançado Pedro Catarino. Em caso de futura venda do jogador, o valor a receber por cada sócio será proporcional ao total de associados inscritos até essa data, sendo creditado no saldo de sócio para descontos em quotas e/ou merchandising. O clube indica já existirem 9.334 “coproprietários” do passe.
Por Que Importa
- Modelo de partilha de receita de transferência pode reforçar a angariação e retenção de sócios, criando incentivo direto ligado a performance e mercado de jogadores.
- Mecanismo converte potenciais receitas extraordinárias (transferências) em descontos em caixa (quotas/loja), ajudando tesouraria e circulação no ecossistema do clube.
- Iniciativa testa novos formatos de engajamento e monetização de base de adeptos, relevante para clubes fora das principais ligas com menor acesso a direitos de transmissão.
- Levanta questões de enquadramento regulatório e fiscal sobre “detenção” simbólica do passe e comunicação de riscos, devendo o clube clarificar termos e limitações.
Entre Linhas
- A “detenção” parece ser simbólica: o benefício aos sócios é pago apenas via saldo interno para descontos, não em numerário (percentagens exatas não divulgadas).
- O retorno depende de uma transferência futura (não confirmada); o risco de não ocorrência ou de valor baixo deve ser comunicado para evitar expectativas desajustadas.
Números
- 9.334 sócios já aderiram como “donos” do passe de Pedro Catarino.
- Cinco golos em seis jogos esta época, indicador que pode valorizar perceção do ativo, embora sem garantia de venda.
E agora?
- Clube deverá detalhar metodologia de cálculo de repartição, eventuais tetos por sócio e tratamento fiscal dos descontos.
- Caso a campanha aumente significativamente a base de sócios, pode tornar-se modelo replicável em clubes com forte identidade local e necessidade de diversificar receitas.