Yuracan vende 90% e torna-se SAF com investimento de €4,0 M para criar “Sillicon Valley” do futebol

Futstorm assume operação; associação mantém 10% e poder de veto. Regresso aos profissionais previsto para 2026, na 2.ª Divisão do Mineiro.

4 out 2025 • 00:20 • Leitura original: Chico Maia
Yuracan vende 90% e torna-se SAF com investimento de €4,0 M para criar “Sillicon Valley” do futebol — Chico Maia

O que aconteceu

O Yuracan Futebol Clube, de Itajubá (sul de Minas Gerais), aprovou em 26 de setembro a transformação em Sociedade Anónima do Futebol (SAF) e a venda de 90% do capital à Futstorm, liderada por Vitor Colares e pelo gestor Luiz Kriwat. O acordo inclui um investimento mínimo de €4,0 M (R$25 M) e ambiciona criar em Itajubá um polo de inovação (“Soccer Valley”). O clube, inativo no profissional desde 2005, planeia regressar em 2026 à Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.

Por Que Importa

  • Entrada de capital: €4,0 M (R$25 M) para modernização do estádio Coronel Belo Lisboa, reforço de formação e estrutura profissional, potenciando receitas futuras de bilhética, patrocínios e direitos de transmissão.
  • Modelo de governação: associação retém 10% e poder de veto em decisões estratégicas — maior controlo reputacional e de identidade do clube.
  • Estratégia “data-driven”: gestão 100% baseada em dados, inovação e tecnologia pode otimizar scouting, folha salarial e retorno do investimento (ROI) em transferências.
  • Marca e território: posicionamento “Soccer Valley” procura atrair parceiros tecnológicos e académicos, criando um hub com efeito de rede em Itajubá.

Contexto

  • Luiz Kriwat traz histórico em projetos de acesso à Série A no Cruzeiro e América, e passagens pelo Londrina; atuou em dezenas de projetos de SAF no Brasil.
  • O Yuracan, fundado em 1934, é parte do património local e formou/abrigou nomes como Diego Costa e Élder Granja; Dondinho (pai de Pelé) passou pelo clube.
  • Itajubá é polo industrial e universitário (Unifei), com ecossistema tecnológico e presença da IMBEL, potencial base para o “hub” de inovação.

E agora?

  • Estruturação societária e regulatória da SAF, definição de conselho e políticas de veto.
  • Plano de obras no Coronel Belo Lisboa e licenciamento competitivo para 2026.
  • Captação de patrocínios e parcerias com tecnologia e academia; métricas de sucesso devem incluir receitas operacionais, capacidade de estádio e valorização de ativos (jogadores).
  • Roadmap de dados: infraestrutura analítica, scouting e performance com metas anuais (não confirmado).

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