Brasil arrecada 1,02 mil milhões de euros em impostos de apostas desportivas até agosto
Regulamentação e fiscalização impulsionam receita; governo projeta ultrapassar 1,53 mil milhões de euros em 2025
O que aconteceu
A Receita Federal do Brasil reportou 5,62 mil milhões de reais (c. 1,02 mil milhões de euros) em impostos cobrados ao setor de apostas desportivas entre janeiro e agosto de 2025. O montante resulta de imposto sobre o rendimento das empresas, contribuições sociais e previdenciárias, após a regulamentação e formalização das operadoras no início do ano.
Porque importa
- Apostas são hoje um dos vetores mais dinâmicos da arrecadação de serviços digitais no Brasil, com impacto direto em políticas públicas e no enquadramento concorrencial para casas licenciadas. - Para o futebol, maior anunciante deste ecossistema, mais receita estatal e regras claras tendem a favorecer marcas reguladas (menos risco reputacional) e contratos publicitários mais estáveis com clubes e ligas.
Números
- Impostos arrecadados (jan–ago/2025): R$ 5,62 mil milhões (~€1,02 mil milhões). - Volume movimentado (1.º semestre/2025): R$ 17,4 mil milhões (~€3,16 mil milhões). - Penetração: ~12% da população adulta em plataformas de jogo. - Projeção 2025: > R$ 8,4 mil milhões em impostos (~€1,53 mil milhões), se o 2.º semestre repetir o ritmo até agosto (não confirmado).
Contexto
A regulamentação definiu critérios para operação, publicidade e tributação, e a Secretaria de Prémios e Apostas do Ministério da Fazenda intensificou a fiscalização para reduzir sites ilegais. O enquadramento legal está a transferir consumo para operadores licenciados, alargando a base tributável e profissionalizando o mercado.
E agora?
Com a aproximação do Mundial de 2026 e dos Jogos Olímpicos de 2028, a expectativa é de crescimento adicional do tráfego e do investimento em marketing. Para clubes e ligas, o ambiente regulado pode sustentar patrocínios mais longos e contratos com cláusulas de conformidade mais exigentes. Termos financeiros específicos e eventuais tetos publicitários permanecem não confirmados.