Novo San Siro pode gerar €3,1 mil milhões/ano para Milão, indica estudo

Inter e AC Milan entregam ao município dossier com análise da The European House – Ambrosetti: investimento com forte impacto económico, emprego e regeneração urbana.

22 set 2025 • 10:28 • Leitura original: Calcio e Finanza
Novo San Siro pode gerar €3,1 mil milhões/ano para Milão, indica estudo — Calcio e Finanza

O que aconteceu

Inter e AC Milan apresentaram à Câmara de Milão o projecto do novo estádio em San Siro e a regeneração da envolvente. Um estudo da consultora The European House – Ambrosetti, anexado ao dossier, estima um impacto económico anual de €3,1 mil milhões quando o complexo estiver em plena operação, além de efeitos relevantes durante a construção.

Números

  • Fase de construção (2026–2035): impacto total de €4,6 mil milhões (€1,8 mil milhões directos, €2,4 mil milhões indirectos, €400 milhões induzidos); 18.450 postos de trabalho equivalentes a tempo inteiro (FTE: 5.800 directos, 10.750 indirectos, 1.900 induzidos).
  • Operação a regime: impacto anual de €3,1 mil milhões (€1,4 mil milhões directos, €1,5 mil milhões indirectos, €150 milhões induzidos); 16.350 FTE/ano (8.400 directos, 7.250 indirectos, 700 induzidos).
  • Afluência: até 11,6 milhões de visitantes/ano.

Por Que Importa

  • Receita e empregos: a escala do impacto coloca o novo San Siro como âncora económica para Milão, reforçando receitas fiscais, emprego e a atractividade turística/eventos, com potencial para diversificar fontes de rendimento dos clubes para lá das bilheteiras.
  • Cidade e licenças: números robustos podem acelerar aprovações urbanísticas e negociações com o município sobre contrapartidas públicas, infra-estruturas e calendário de obras.

Contexto

O estudo adopta um enquadramento multidimensional de criação de valor (económico, social, cognitivo/inovação e ambiental). O masterplan prevê transformar uma área degradada em bairro acessível, com mais de 140.000 m² de espaços verdes (face a cerca de 50.000 m² actuais), equipamentos comunitários e mobilidade sustentável. No plano ambiental, inclui geotermia, painéis fotovoltaicos, reaproveitamento de águas pluviais, materiais de baixo impacto e adesão a comunidades energéticas, com meta de neutralidade carbónica (não confirmado quanto a prazos e métricas).

Entre Linhas

  • Valores de investimento directo, modelo de financiamento, divisão de custos entre clubes e município e cronograma detalhado não foram divulgados.
  • As estimativas dependem de licenças, obras no prazo e adesão do mercado (patrocínios, naming rights e exploração imobiliária), factores sujeitos a risco.

E agora?

Segue-se a avaliação municipal e o período de consulta pública. Negociações sobre contrapartidas urbanas e infra-estruturas de acesso serão determinantes para o calendário e para o retorno do investimento (ROI).

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