FPF estreia “Desafio de Vídeo” nas meias-finais da Taça Paulista para reduzir custos de arbitragem tecnológica

O Football Video Support (FVS) substitui a monitorização contínua do vídeoárbitro (VAR) por desafios dos treinadores, solução pensada para competições com menor orçamento.

16 set 2025 • 09:58 • Leitura original: Máquina do Esporte
FPF estreia “Desafio de Vídeo” nas meias-finais da Taça Paulista para reduzir custos de arbitragem tecnológica — Máquina do Esporte

O que aconteceu

A Federação Paulista de Futebol (FPF) vai introduzir o Football Video Support (FVS), conhecido como “Desafio de Vídeo”, nas meias-finais da Taça Paulista. Cada equipa poderá solicitar até dois pedidos de revisão em lances de golo, penálti, expulsão direta e erro de identificação; se o pedido confirmar erro, não é descontado. O árbitro principal revê as imagens numa cabine junto ao relvado. A iniciativa tem apoio da FIFA e da Confederação Brasileira de Futebol.

Por Que Importa

  • O modelo de desafio reduz a necessidade de uma sala de vídeo permanente e equipa dedicada, baixando custos de operação face ao vídeoárbitro (VAR), tornando a tecnologia viável em torneios com menor orçamento.
  • A uniformização de critérios tecnológicos aumenta a confiança de patrocinadores e emissões televisivas, ao mitigar polémicas com impacto reputacional e de audiência.
  • Apoio institucional de FIFA/CBF sinaliza caminho para adoção em ligas regionais e divisões inferiores, com potencial efeito rede e novos fornecedores de tecnologia.

Contexto

  • Ao contrário do VAR, que monitoriza continuamente, o FVS é acionado apenas por pedido dos treinadores. O árbitro de campo decide após ver as imagens no local.
  • A FPF tem historial recente de testes: fora de jogo semiautomático, Sistema Multibola e câmara no árbitro, sugerindo estratégia de inovação incremental com controlo de custos e ganhos de produto televisivo.

Entre Linhas

  • Estrutura contratual, custos por jogo e fornecedores não foram divulgados (valores não divulgados). Sem estes dados, o retorno do investimento (ROI) e o custo por mil (CPM) em transmissões com nova tecnologia permanecem por apurar.

E agora?

  • Se a experiência for positiva, a FPF poderá expandir o FVS a fases anteriores e a outras competições estaduais, criando escala para negociar pacotes de tecnologia e formação de árbitros.
  • A adoção pode servir de referência para federações com constrangimentos financeiros, abrindo competição entre soluções “ligeras” de vídeo e pressionando o preço do VAR tradicional.

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