Fair Play Financeiro da Premier sob críticas mas sem mudanças

As regras financeiras da Premier League, conhecidas como Profitability and Sustainability Rules (PSR), continuam em vigor apesar das fortes críticas de dirigentes e adeptos. Introduzidas em 2015/16 para limitar perdas a 105 milhões de libras em três anos, têm sido acusadas de cristalizar desigualdades e gerar instabilidade, especialmente após as penalizações a Everton e Nottingham Forest. Vários clubes têm recorrido a operações contabilísticas controversas, como a venda de equipas femininas e ativos a empresas do mesmo grupo, práticas que não são proibidas pela liga mas que levantam dúvidas sobre a transparência do sistema.

Embora tenham sido propostas alternativas, como a Squad Cost Rule (limite de 85% da receita para despesas com transferências e salários) e o “anchoring” (teto de gastos proporcional aos direitos televisivos do último classificado), estas medidas não avançaram por falta de consenso, com oposição clara do Manchester United e do Manchester City. Ao mesmo tempo, a UEFA mantém regras mais rígidas, criando um quadro regulatório sobreposto para os clubes ingleses que competem na Europa. O futuro das PSR poderá ainda ser condicionado por um processo legal do Manchester City e pela entrada em cena do novo regulador independente, que poderá impor exigências adicionais de liquidez.