Inter e Milan tornam-se proprietários de San Siro por €197,08M
Acordo com a Câmara de Milão inclui pagamentos faseados ligados a condições urbanísticas e obras no Meazza.
O que aconteceu
Inter e Milan formalizaram esta manhã, em Milão, a compra do estádio Giuseppe Meazza (San Siro) e áreas adjacentes ao município, por €197,08 milhões (mais IVA). O ato foi assinado no escritório do notário Filippo Zabban. Em nome das estruturas societárias ligadas aos clubes, assinaram Stefano Cocirio (Milan/RedBird) e Katherine Ralph (Inter/Oaktree).
Por Que Importa
- Propriedade do estádio permite capturar mais receitas operacionais (bilhética, hospitalidade, naming, eventos não desportivos) e controlar o calendário.
- Estrutura de pagamentos indexada a marcos urbanísticos e de obra reduz risco para o comprador e protege o vendedor público.
- Reforça a estratégia de ativos físicos dos acionistas financeiros (RedBird e Oaktree), alinhando retorno do investimento (ROI) com modernização de infraestruturas.
- Potencial de valorização do bairro e de novos patrocínios ligados a um futuro recinto multifuncional.
Números
- Preço total: €197,08M (+ IVA), pago em fases:
- €91,96M antes da assinatura do contrato de compra e venda.
- Uma segunda tranche variável, calculada pela superfície bruta do novo estádio, a pagar até 30 dias após condições urbanísticas específicas.
- Remanescente até 10 dias após a demolição parcial do Meazza.
- Possível saldo adicional até €22M no fecho das obras dedutíveis.
Contexto
- A RedBird, liderada por Gerry Cardinale, tem como tese reinvestir receitas do Milan na equipa, formação e infraestruturas; o novo estádio, moderno, multifuncional e sustentável, é peça central dessa estratégia.
- Do lado do Inter, a presidência de Oaktree no veículo Stadio San Siro SpA indica foco em governação e disciplina financeira no desenvolvimento do ativo.
E agora?
- Execução depende de condições urbanísticas (detalhe não divulgado) e do plano de obras, incluindo a transformação do atual Meazza.
- Próximos marcos deverão clarificar o modelo de exploração (naming rights, gestão de eventos, concessões) e o calendário de construção.