Arábia Saudita apresenta estádio “Sky” de US$1 mil milhão integrado no NEOM para o Mundial 2034
Arena suspensa a 350 metros, com 46 mil lugares e energia 100% renovável, visa acolher jogos até aos quartos-de-final; cronograma aponta para 2032, mas há ceticismo quanto à viabilidade estrutural.
O que aconteceu
A Arábia Saudita revelou planos para o NEOM Sky Stadium, um estádio suspenso a cerca de 350 metros de altura integrado em The Line (cidade linear do projeto NEOM), com 46.000 lugares e energia 100% renovável. O investimento estimado é de US$1 mil milhão (valores em dólares), com obras previstas entre 2026 e 2032, apontando à utilização no Mundial da FIFA 2034 até aos quartos-de-final. O projeto envolve o Ministério do Desporto saudita e o Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla inglesa). Reações públicas dividem-se entre entusiasmo e ceticismo sobre a integridade estrutural.
Por Que Importa
- Posiciona o NEOM como ativo âncora do desporto e entretenimento no Golfo, potenciando receitas anuais via jogos, concertos e eventos (valores não divulgados).
- Reforça a estratégia de soft power e diversificação económica da Visão 2030, com foco em turismo, hospitalidade e captação de patrocínios globais.
- A etiqueta “100% renovável” e a operação multiuso podem reduzir custos operacionais a longo prazo e atrair marcas com metas ESG (ambientais, sociais e de governação).
- O desenho suspenso implica custos de engenharia e seguros elevados, risco de derrapagens e necessidade de aprovação regulatória rigorosa.
Contexto
- O NEOM agrega múltiplos polos desportivos e culturais; o Sky Stadium seria um de 15 estádios previstos para 2034 (não confirmado), integrado na megainfraestrutura espelhada de The Line.
- Relatórios sobre megaprojetos sauditas (ex.: Knight Frank) apontam avanços e atrasos no portefólio NEOM, sugerindo risco de prazos.
Números
- Capacidade: 46.000 lugares.
- Altura: ~350 m acima do deserto.
- Investimento: US$1 mil milhão.
- Cronograma: engenharia/obra 2026–2032; conclusão prevista 2032.
E agora?
- Definição de pacote de financiamento detalhado, garantias de custo e contratos EPC (engenharia, procurement e construção) serão decisivos para mitigar derrapagens.
- Homologações de segurança estrutural e fluxos de evacuação em altura serão escrutinados por reguladores e seguradoras antes da atribuição efetiva de jogos do Mundial.